Descrição de chapéu Alalaô

Bloco Praieiro anima foliões na zona oeste de São Paulo

Ambulantes, porém, reclamam de movimento fraco neste sábado (17) de pós-Carnaval

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São Paulo

Sob forte mormaço, o bloco Praieiro, da banda baiana Jammil e Uma Noites, deu início à festa de pós-Carnaval em São Paulo por volta das 12h45 deste sábado (17), com o hit "Praieiro". O cortejo acontece na avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Uma aglomeração de foliões se concentrava próximo ao trio elétrico, mas ambulantes disseram que o movimento está fraco, abaixo do esperado. Na avaliação de trabalhadores ouvidos pela reportagem, a concorrência foi dura neste ano.

"O Carnaval todo foi ruim, porque liberaram licença para muitos ambulantes. Qualquer bloco que você vá tem muitos ambulantes e pouca venda", disse Willian da Silva Pelegatti, 37.

Apresentação do bloco Praieiro, com a banda Jammil e Uma Noites, na avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

A estudante de odontologia Isadora dos Santos Silva, 21, contava com as vendas no Carnaval para comprar o material da faculdade. Ela, que cursa o 5º semestre na Uninove, trabalha como recepcionista hospitalar e trabalhou também em blocos no Ibirapuera, na zona sul, e hoje em Pinheiros.

Ela disse que precisa arrecadar em torno de R$ 2.500, mas só conseguiu R$ 1.500. O valor era a expectativa diária da estudante, mas ela também reclamou da concorrência acirrada entre ambulantes.

O lado bom é que foliões elogiaram o fato de curtirem o Carnaval sem ter que ficar em aglomeração.

O casal de auxiliares administrativos Pablo Martins, 24, e Catarina Costa, 21, conta que começou a namorar no Carnaval de 2018 e que desde então frequenta blocos mais tranquilos.

"Nós gostamos de bloco tranquilo, que dá para curtir sem briga e confusão. Também somos fâ do Jammil e do axé Bahia", conta Martins.

BLOCO DA MAMMA

No centro da capital, um mar de foliões desceu a rua Augusta junto ao Bloco da Mamma, que neste ano celebrou a drag queen Silvetty Montilla. Em suas redes sociais, ela agradeceu a homenagem e elogiou os organizadores do bloco.

Animação não faltou na festa, que uniu Carnaval e música eletrônica.

O desfile começou por volta das 13h. Às 16h15, o trio estacionou na altura da rua Caio Prado, e o DJ Mau Mau comandou o som. Alguns foliões dispersaram. Mais de uma hora depois, às 17h50, o bloco desfilava pela rua Martins Fontes, destino final, segundo a programação.

Trio elétrico desfila em rua
Passagem do Bloco da Mamma pela rua Augusta, no centro de São Paulo, neste sábado (17) - Patrícia Pasquini/Folhapress

Ao microfone, um dos integrantes do bloco parou a música e pediu ajuda à Polícia Militar para conter um arrastão ao lado do trio elétrico. A reportagem não presenciou nenhuma confusão ou correria.

Assim como foi durante todo o Carnaval, um adereço continuou a fazer sucesso: leque para amenizar o calor —não tão forte neste sábado.

O gerente comercial Eduardo Souza do Nascimento, 36, contou que sempre aproveita o Carnaval para trabalhar como ambulante, vendendo leques. Neste ano, vendeu 50 por dia, em média, por R$ 30 cada. "As pessoas compram também porque gostam do barulhinho que ele faz", disse.

Homem segura dois leques abertos
O gerente comercial Eduardo Souza do Nascimento vendeu leques para o público do Bloco da Mamma, na rua Augusta, no centro de São Paulo, neste sábado (17) - Patrícia Pasquini/Folhapress

Nascimento, porém, considerou o movimento fraco neste ano. "O Carnaval foi muito prejudicado, então diminuiu o público. Tirando isso, a festa ainda é boa."

O cuidador Maycon Xavier, 42, contou que aproveita as folgas para trabalhar como ambulante —este é o quarto Carnaval vendendo bebida. "Este ano não foi tão ruim para mim, mas hoje foi péssimo. Queimei mercadoria. Tive que fazer promoção."

Após o segundo aviso de arrastão ao microfone, o Bloco da Mamma encerrou o desfile às 18h.

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