Descrição de chapéu chuva

Queda de parede por causa da chuva atinge detentas que trabalhavam na Grande SP

Ao todo, 12 presas do regime semiaberto, que faziam trabalhos em uma empresa de reciclagem, foram socorridas com ferimentos leves em Caieiras nesta quarta (21)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A queda de uma parede na rua Domingos Bertoline, na Vila dos Pinheiros, em Caieiras, região metropolitana de São Paulo, atingiu 12 detentas que faziam trabalho externo. Chovia forte no momento do acidente, por volta das 15h30 desta quarta-feira (21).

De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), as detentas da Penitenciária Feminina da Capital, que trabalham externamente em uma empresa de reciclagem, em Caieiras, sofreram escoriações.

As presas, do regime semiaberto, foram levadas a um pronto-socorro da região e acabaram liberadas.

Temporal chega ao bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo
Formação de nuvens na zona norte de São Paulo; cidade foi toda colocada em estado de atenção para alagamentos na tarde desta quarta-feira (21) - Pedro Queiroz - 5.fev.24/Folhapress

"A direção da penitenciária está prestando todo apoio necessário, disponibilizando psicólogo e psiquiatra do presídio", disse a SAP, em nota.

Conforme a secretaria, o contrato com a empresa é firmado pela Funap (Fundação Professor Doutor Manoel Pimentel) e prevê seguro em caso de acidentes, deixando as mulheres asseguradas.

Foi aberta uma apuração preliminar e registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil.

Segundo a Defesa Civil estadual, a chuva forte, acompanhada de rajadas de vento, também provocou o destelhamento de uma empresa em Caieiras.

A Defesa Civil do município está monitorando as áreas de risco.

A cidade de São Paulo foi toda colocada em estado de atenção para alagamentos por causa da chuva do meio da tarde.

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura paulistana, as zonas leste e sul, além da marginal Pinheiros, foram as primeiras regiões a entrarem no estágio amarelo do mapa da cidade, entre 13h37 e 14h21. Mas às 14h55, todo o município foi colocado em estado de atenção, que se manteve até às 19h20.

É a terceira tarde seguida que a cidade entra em estado de atenção para alagamentos.

A avenida Alcântara Machado, sentido bairro —na altura do viaduto Guadalajara João Behisnelija, na Mooca, zona leste— chegou a ficar intransitável, segundo o CGE.

Na mesma região, veículos também não conseguiram passar pela rua da Mooca por volta das 15h30.

No início da noite, trechos intransitáveis foram registrados na avenida Antonio Munhoz Bonilha, na Casa Verde (zona norte) e na rua São Paulo, na Liberdade (centro).

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 19h a cidade tinha 1.065 km de lentidão, o maior trânsito do ano na capital paulista —pela primeira vez em 2024 o congestionamento ultrapassou a marca de 1.000 km.

De acordo com o órgão municipal, áreas de chuva vindas do interior do estado atuam na cidade com até forte intensidade.

"Imagens do radar meteorológico do CGE mostram chuva forte e isolada na zona leste [na Mooca], e na zona sul [Engenheiro Marsilac]", disse o Centro de Gerenciamento de Emergência no meio da tarde.

"As chuvas tendem a atuar com lento deslocamento e potencial para alagamentos e rajadas de vento", alertou.

Em rede social, o Corpo de Bombeiros disse que até às 19h30 havia recebido 26 chamados para quedas de árvores na Grande São Paulo, quatro para alagamentos e seis para desabamentos ou desmoronamentos.

Segundo a Defesa Civil estadual, um muro caiu sobre uma moto que estava estacionada na rua Carlos Magalhães, Vila Andrade, na zona sul paulistana. Não houve vítimas.

Na terça-feira (20), o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta de tempestade para a região entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Minas Gerais, pegando praticamente todo o estado de São Paulo.

A previsão do instituto, que vai até meia-noite desta quarta, indica a possibilidade de haver uma chuva volumosa entre 50 e 100 mm por dia, com ventos intensos entre 60 e 100 km/h, além de queda de granizo. Com isso, segundo o Inmet, há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, quedas de árvores e alagamentos.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do publicado em versão anterior deste texto, 12 detentas da Penitenciária Feminina da Capital foram atingidas pela queda de uma parede em Caieiras, não 11 presos do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franco da Rocha. A informação anterior foi dada pela Defesa Civil estadual e repetida pela Secretaria de Administração Penitenciária.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.