Descrição de chapéu Obituário Juliano Antonio Zavatti (1977 - 2024)

Mortes: Apaixonado por motocicletas, teve como lema 'se você está feliz, eu estou feliz'

Morador do interior paulista, Juliano Zavatti, como o pai, conheceu o país dirigindo

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São Paulo

O empresário Juliano Zavatti tinha uma frase que gostava de repetir sempre que podia: "Se você está feliz, eu estou feliz". Era praticamente um bordão, a ponto de amigos e familiares estamparem a frase numa camiseta em homenagem a ele.

Zavatti era conhecido por ser extremamente prestativo: fazia serviços de manutenção elétrica e hidráulica na casa de parentes e amigos, cozinhava em eventos beneficentes e ajudava na organização de ações da igreja.

Foi assim desde criança. O mais velho de quatro filhos de uma dona de casa e um caminhoneiro, ele nasceu e cresceu em Monte Alto (SP), a 370 km da cidade de São Paulo. Seu irmão mais novo, Júlio Zavatti, 37, diz que ele passou a vida sem inimizades.

Homem de óculos, boné e jaqueta branca e preta de tecido sintético olha para câmera, com praia e entardecer ao fundo
Juliano Antonio Zavatti (1977 - 2024) - Leitor

As histórias de viagem do pai, que rodava o Brasil a trabalho quando o empresário ainda era bebê, formaram seu imaginário. Tornou-se um aficionado por automóveis e, especialmente, motocicletas.

Morou a vida toda em Monte Alto, mas conheceu boa parte do país atrás do volante de um caminhão ou guiando uma moto. Trabalhou em um supermercado e numa loja de materiais de construção, onde aprendeu os serviços de eletricista e encanador que fazia para os mais próximos.

Vivia para os churrascos com os amigos. Estavam juntos sempre que possível —até cinco vezes por semana, se pudesse.

Depois do ensino médio, fez um curso de administração na Escola do Comércio da cidade e trabalhou numa loja de motos e autopeças, que também tinha uma equipe de corrida. Zavatti dirigia o caminhão que levava as motos de competição e os equipamentos do time.

Há cerca de 15 anos, ele e os três irmãos trabalhavam com o pai numa conhecida loja de caminhões de Monte Alto. O negócio em família havia sido uma determinação do pai, para que todos tocassem o negócio juntos.

Gostava de sentir o vento contra o rosto e o efeito da velocidade sobre o corpo. Tinha dois carros, mas estava sempre em cima de uma moto quando circulava pelas ruas da cidade, a não ser quando chovia.

Todos os anos, ia com os amigos de moto até Aparecida do Norte, no interior paulista. Era devoto da padroeira do Brasil.

A paixão pelo motociclismo influenciou o restante da família. Júlio, o caçula da família, gostava mesmo de futebol quando andou na moto do irmão mais velho pela primeira vez. Hoje, é piloto profissional de rally.

Zavatti estava viajando de moto no início de janeiro em San Miguel de Tucumán, na Argentina, uma viagem que havia planejado por cerca de um ano. Ele perdeu o controle da direção e bateu numa defensa metálica na Rota Nacional 3, próximo à fronteira com o Chile. Ele deixa os três irmãos e os pais.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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