CCJ do Senado derruba decreto de Lula que restringe acesso a armas

Caso o texto seja aprovado pelo plenário, ficará extinta a regra que proibia clubes de tiro próximos a escolas e autoriza que colecionados tenham armas iguais às das Forças Armadas

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Brasília

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado derrubou nesta quarta-feira (14) parte de um decreto do presidente Lula (PT) que restringia o acesso a armas no Brasil.

Fachada do Palácio do Congresso Nacional
Fachada do Palácio do Congresso Nacional - Pedro França/Agência Senado

Os senadores aprovaram a anulação de trechos da norma, entre eles um que proibia a existência de clubes de tiro em um raio de 1 km de escolas públicas ou privadas. A CCJ também aprovou a retomada da permissão para transferência de armas entre CACs (colecionador, atirador desportivo e caçador).

O projeto já passou pela Câmara e, se for aprovado pelo plenário do Senado, será promulgado pelo Congresso, sem possibilidade de sanção ou veto presidencial.

O relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que o decreto de Lula não comprova que as medidas irão melhorar a situação da segurança pública.

Outro ponto derrubado pela CCJ é a previsão de restrição às armas de pressão. Além disso, o projeto autoriza que colecionados habilitados pelo Exército tenham armas iguais às das Forças Armadas e retoma a permissão de alguns tipos de armas que tinham sido proibidas.

O texto também dispensa a necessidade de comprovação de treinos e participação em competições para os atiradores, que atualmente tem três níveis diferentes de registro.

Além disso, também retoma os poderes do Exército para atestar uma arma como histórica —esta atribuição havia sido transferida por Lula para o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

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