Descrição de chapéu Silvio Santos

Do futuro parque no Bixiga a prédio na Paulista, conheça imóveis de Silvio Santos em São Paulo

Apresentador, que morreu neste sábado (17) aos 93 anos, morava em uma mansão de 2.000 m² no Morumbi

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São Paulo

O apresentador Silvio Santos já estava internado no Hospital Albert Einstein quando, no último dia 15, a Prefeitura de São Paulo recebeu um cheque de R$ 65 milhões. O dinheiro, entregue pela universidade Uninove como resultado de um acordo judicial, será destinado à compra de um terreno no bairro da Bela Vista, na região central. O local abrigará o futuro Parque do Rio Bixiga.

O polêmico lote de 11 mil metros quadrados foi objeto de disputa por mais de quatro décadas entre o vizinho Teatro Oficina e a empresa do apresentador de TV, que pretendia construir no local três prédios de uso comercial e residencial.

Terreno do Grupo Silvio Santos, na Bela Vista, que será comprado pela Prefeitura de São Paulo e transformado no Parque do Rio Bixiga - Eduardo Knapp - 5.fev.24/Folhapress

Próximo ao futuro parque fica o Teatro Imprensa, na rua Jaceguai, também na Bela Vista. Com capacidade para pouco mais de 500 pessoas, o local era administrado pela artista plástica Cintia Abravanel, filha mais velha do apresentador, até 2011, quando foi fechado.

Em nota enviada ao Painel em abril passado, o presidente do grupo, José Roberto Maciel, disse que o prédio do teatro abriga a sede da Liderança Capitalização, uma das empresas do apresentador.

O investimento imobiliário era um dos braços dos negócios do Grupo Silvio Santos. Estima-se que a família tenha cerca de 90 imóveis em São Paulo e em outros estados, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pará.

Na década de 1990 surgiu a Sisan Investimentos Imobiliários. Em seu site, a empresa afirma que inicialmente deveria administrar os imóveis do Grupo SS, mas depois diversificou para o mercado externo. Lista, entre outros, obras como o complexo Jequitimar, no Guarujá, no litoral paulista, com hotéis, shopping center e condomínio de casas.

Recentemente, finalmente foi alugado o edifício Engenheiro Oscar Americano, no coração da avenida Paulista —cruzamento com a rua Haddock Lobo. Construído no fim da década de 1960, o prédio de 19 pavimentos e cerca de 7.000 metros quadrados foi incorporado ao patrimônio de Silvio Santos para ser sede do Banco Panamericano.

O banco acabou vendido em 2011 —a instituição enfrentou intervenção do Banco Central após a descoberta de um esquema de fraudes contábeis—, mas o prédio, não. O local ficou fechado por pouco mais de dez anos, até que o grupo decidiu locar o prédio para uma rede de hotelaria e aluguel de estúdios.

Silvio Santos e a filha Patrícia Abravanel, na varanda da mansão da família no Morumbi, zona oeste de São Paulo, após apresentador ficar sete horas sequestrado no local, em agosto de 2001 - Paulo Whitaker/Reuters

Nos últimos anos, Silvio Santos se dividia entre suas duas mansões, uma em Orlando, nos Estados Unidos, e outra na rua Antônio de Andrade Rebelo, no Morumbi.

A casa na zona oeste paulistana, construída em estilo colonial, tem 2.000 metros quadrados de área. Conta, entre outras coisas, com piscina, sala de ginástica e sauna.

O imóvel ficou famoso em agosto de 2001, quando o apresentador ficou por sete horas refém de Fernando Dutra Pinto, um criminoso inexperiente, à época com 22 anos —e que havia planejado e executado o sequestro de Patricia Abravanel, filha de Silvio Santos, nove dias antes.

O apresentador foi solto no começo da tarde daquele dia, após participação direta do então governador Geraldo Alckmin, à época no PSDB e hoje no PSB. Ele que foi à casa para oferecer garantias de segurança de vida ao criminoso, uma das exigências feitas para liberar Silvio Santos.

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