Descrição de chapéu São Paulo violência

Grupo é assaltado durante piquenique no parque Villa-Lobos, em São Paulo

Dupla armada levou celulares e outros pertences das vítimas, que reclamam de descaso; OUTRO LADO: concessionária diz que vai reorientar funcionários

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São Paulo

Um grupo de amigos foi assaltado durante um piquenique de aniversário no parque Villa-Lobos, zona oeste de São Paulo, no sábado (3). Segundo os relatos, sete celulares, uma caixa de som e outros pertences foram levados por uma por dupla armada. As vítimas reclamam de falta de assistência por parte da administração do parque, que é concedido à iniciativa privada.

Jéssica Lima, jornalista, conta que o grupo foi ao parque, por volta das 14h, para comemorar o aniversário de uma amiga. Eles ficaram atrás da estrutura do espetáculo do Cirque du Soleil.

"Foi ótimo ao longo do dia. Estendemos cangas no chão, tinha sol e sombra, e cada convidado levou comida e bebida. Convidados chegaram e outros foram embora mais cedo", conta Jéssica.

A imagem mostra um grupo de pessoas sentadas em um gramado durante o entardecer. Elas estão dispostas em um círculo, com algumas pessoas sorrindo e outras olhando para a câmera. Ao fundo, há árvores e um céu com nuvens, indicando que o sol está se pondo
Grupo de amigos durante piquenique no parque Villa-Lobos em São Paulo - Tamires Gomes

Jéssica conta que depois que o sol de pôs, 12 amigos ainda estavam no piquenique. Por volta das 18h30, perceberam dois homens passando perto de onde estavam. Eles olharam para o grupo, segundo ela, conversaram entre si e foram embora.

"Passados uns 15 minutos, eles voltaram, um pela parte aberta e outro pelo meio das árvores. O que estava no meio das árvores perguntou para um dos meninos do nosso grupo se ele tinha cigarro e ele respondeu que não. Aí eles anunciaram o assalto, mostrando a arma", conta a jornalista.

Segundo ela, um tinha uma arma e o outro carregava um pedaço de pau. Eles foram agressivos.

"Nos mandaram sentar no chão, todos próximos, ameaçando atirar e pedindo os celulares. De alguns do grupo, no momento em que entregaram, os bandidos já pediram a senha ou fizeram o reconhecimento facial. Vendo que ainda tinha pessoas passeando pelo parque e que havia uma movimentação na estrutura do Cirque du Soleil atrás de nós, algumas pessoas do nosso grupo tentaram gritar pedindo ajuda. Os bandidos ficaram ainda mais exaltados, novamente ameaçando atirar", relata Jéssica.

Algumas bolsas e caixa de som também foram levadas pelos criminosos.

"Como eu estava com dois aparelhos, um antigo e outro que comprei recentemente, na hora que o bandido me pediu, eu consegui pegar o celular velho na bolsa e entregar", explica a jornalista, dizendo que na sequência os dois criminosos saíram correndo.

De acordo com ela, havia uma guarita com dois seguranças não muito distante dali.

"Contamos o ocorrido, eles comunicaram para alguém por rádio e em seguida apareceu um outro segurança de moto perguntando para qual direção os bandidos tinham ido. Parte do grupo foi embora e outra ficou lá para ver o que a administração do parque ia fazer. Na porta do parque, encontramos uma viatura da Polícia Militar e avisamos do assalto. Eles disseram que já tinham ciência e que iam entrar no parque. Era a minha primeira vez no parque", conta.

Tamires Gomes, a aniversariante, diz que o parque precisa de segurança há muito tempo.

"Eu só não achava que seria nesse nível tão grave, nesse nível de violência. Dentro de um parque, isso para mim era inimaginável. Jamais imaginei que algo desse tipo poderia acontecer. Depois fica essa sensação de impunidade", diz Tamires.

Ela ainda reclamou da administração do parque, que é concedido.

"Uma falta de respeito em relação ao parque porque não houve um apoio, respaldo, acolhimento em momento algum. Não fizeram nada. E o que mais me surpreendia é que ficavam enviando nota para os veículos dizendo que não foram acionados. Sendo que falamos com os funcionários", reclama Tamires.

A Reserva Parques, administradora do parque, respondeu que "lamenta o ocorrido e está reforçando a orientação para os prestadores de serviços quanto ao atendimento aos usuários".

A concessionária afirma que, desde março, aumentou o número de vigilantes patrimoniais.

"Em caso de ocorrências, eles são orientados a encaminhar o visitante à administração, acionar a Polícia Militar e solicitar que o usuário registre o boletim de ocorrência para que os órgãos de segurança pública adotem as medidas cabíveis", afirma a Reserva Parques.

A Reserva Parque afirma ainda que, no mesmo período, vem mantendo contato com as Polícias Civil e Militar a fim de intensificar o patrulhamento e as investigações de ocorrências no local e que as imagens das câmeras estão à disposição das autoridades.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que o caso foi registrado na Delegacia Eletrônica e é investigado pelo 14° Distrito Policial (Pinheiros).

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