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Fechamento de delegacias causa protesto no interior de SP
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VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
O fechamento de duas delegacias nesta semana em São Carlos (232 km de São Paulo) surpreendeu moradores e autoridades. Eles dizem que o governo vai na contramão do que deseja a população. As delegacias extintas foram incorporadas a duas outras, o que irritou uma das associações de moradores.
Governo de São Paulo reestrutura polícia e fecha delegacias
O vereador Normando Lima (PSDB), disse que a mudança dificultará o acesso da população. "O certo seria ter mais delegacias. A Justiça tem que mostrar suas garras, e não se retrair", disse.
A "reengenharia" do governo estadual prevê o fechamento de delegacias nas cidades com menos de 10 mil habitantes e a aglutinação de distritos nas cidades de maior porte, o que inclui a capital.
Edson Silva/Folhapress | ||
Fachada do 5º distrito policial de São Carlos, em SP, que fechou as portas na última sexta-feira |
Nas cidades pequenas, 43% dos municípios paulistas, a PM vai registrar boletins de casos de menor gravidade --que dispensam ação imediata dos investigadores. Policiais civis que ficarão nas grandes cidades serão acionados quando houver crimes mais graves, como homicídios e flagrantes.
Com o fechamento de pelo menos 96 delegacias no interior, 279 cidades ficarão sem unidades da Polícia Civil. O governo quer completar as mudanças até o final do ano. "Há cidades que registram 80 ocorrências num ano', disse o delegado-geral, Marcos Carneiro Lima. "Isso não significa que elas deixarão de ser prestigiadas."
ASSALTO
Na segunda-feira --primeiro dia útil após o fechamento das delegacias--, a casa em frente a uma das unidades fechadas em São Carlos foi assaltada durante a noite. A família foi feita refém por uma hora e meia. Os bandidos levaram dinheiro, objetos e um carro das vítimas.
O presidente da associação de moradores do Jardim Santa Paula --onde ficava a delegacia--, Nivaldo Nale, 66, disse que o fechamento da unidade é "uma perda importante". "Temos sofrido muitos assaltos e nossa esperança era a polícia. Agora, mais longe, será difícil".
Em Campinas (93 km de SP), a tentativa de implantar o projeto entre 2009 e 2010 deu errado após uma onda de protestos. Diante do impasse, a saída foi criar a Central de Flagrantes. Em funcionamento desde maio, a unidade é responsável por receber todas as ocorrências em flagrante durante a noite, em feriados e também nos finais de semana.
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