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Ribeirão Preto
Reciclagem de lixo na região de Ribeirão Preto não chega a 3%
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DANIELA SANTOS
DE RIBEIRÃO PRETO
As maiores cidades da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) coletam juntas uma média mensal de 43,6 mil toneladas de lixo, mas não reciclam nem 3% desse total. O pior índice é o de São Carlos (232 km de São Paulo), com índice de 0,61%, e o melhor, de Franca (400 km de São Paulo), com 5%.
Os dados foram fornecidos à Folha pelas prefeituras das duas cidades, além de Araraquara (273 kmde São Paulo), Barretos (423 km de São Paulo), Ribeirão Preto e Sertãozinho (333 km de São Paulo).
O resultado se equipara ao alcançado em pesquisa feita pela professora e diretora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Helena Ribeiro. O levantamento dela realizado no Estado de São Paulo aponta que o percentual de lixo reciclado varia de 2% a 5%.
Para a pesquisadora, um dos problemas comuns no Estado é que as cidades menores sofrem com a falta de indústria de reciclagem.
Edson Silva/Folhapress | ||
Integrante da cooperativa Mãos Dadas, de Ribeirão Preto (SP), seleciona lixo reciclável |
É o caso de Barretos, que está orçando um projeto para reativar a capacidade da usina de reciclagem local e aumentar em até cinco vezes o índice de reciclagem. A cidade recicla menos de 1% das 2.700 toneladas de lixo domiciliar coletadas todo mês.
A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos informou, em nota, que a coleta seletiva da cidade passa por uma reestruturação.
Até o final de 2013, o município pretende aumentar o número de catadores de lixo da cidade de 45 para 125 e criar mais três cooperativas.
O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) de Araraquara informou que pretende realizar uma campanha para que a população disponibilize material reciclável de maior qualidade.
Já a Prefeitura de Franca informou que, além da reciclagem que o município realiza, coletas particulares atingem média mensal de 500 toneladas de resíduos.
Sertãozinho informou que a coleta seletiva atinge 30% da cidade e recolhe 45 toneladas de resíduos por mês.
Procurada, a Prefeitura de Ribeirão não se manifestou.
SOLUÇÕES
Para Helena, os municípios precisam adotar uma política de comunicação para as famílias separarem em casa os resíduos a serem reciclados. "Nosso lixo é 50% de resíduo orgânico. O resto pode ser reciclado. Quando há mistura, a triagem é dificultada."
Ainda segundo a professora, parcerias com cooperativas são necessárias porque barateiam o serviço.
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