Professores param em protesto contra a lotação de turmas em Ribeirão Preto
Professores de três escolas municipais paralisaram nesta segunda-feira (17) as atividades em protesto contra a superlotação de salas de aula em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Diante da falta de professores na escolas, o juiz Paulo César Gentile, da Vara da Infância e Juventude, autorizou a prefeitura a exceder o limite de alunos por sala em até 25% –contrariando os 15% previstos pelo Conselho Municipal da Educação.
"Minha decisão é jurídica, não técnica", afirmou.
Na Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Miguel Mussa, no bairro Jardim Silvio Passalacqua, os docentes receberam o apoio dos pais, que se manifestaram com apitos e narizes de palhaço.
"Meu filho tem dois anos. Como a secretaria quer que ele fique numa sala superlotada? É um absurdo o que estão fazendo", afirmou o analista químico Carlos Henrique Marques Bohm, 35.
Nesta segunda, Bohm recolheu assinaturas de outros pais em um abaixo-assinado que deverá ser entregue nesta terça-feira (18) no Ministério Público.
Um documento semelhante também está sendo preparado por pais de alunos das Emeis Ana dos Santos Gabarra, no Jardim Irajá, e Maria Helena Monte Serrat, no bairro Monte Alegre.
COMPROMISSO
Na tarde desta segunda, o Sindicato dos Servidores Municipais e o governo assinaram um termo de compromisso e criaram uma comissão para analisar alterações no atendimento da educação infantil.
Quanto à superlotação, ficou decidido que as creches terão redistribuição e remanejamento de alunos.
Já no ensino fundamental, apenas sofrerão alterações salas que tiverem até 17 alunos, segundo documento enviado à imprensa.
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