Alckmin diz que não acredita em nova paralisação dos metroviários em SP
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na tarde desta terça-feira (10) em Barretos (423 km de São Paulo) que não acredita numa nova paralisação dos metroviários nesta quinta-feira (12).
"Acredito que não vá ter porque seria muito oportunismo fazer greve no dia da abertura da Copa", disse, durante cerimônia de inauguração de uma unidade do Poupatempo na cidade.
Alckmin afirmou que o Metrô tem experiência para lidar com a possibilidade de greve na quinta-feira. Ele, porém, não detalhou as ações que poderão ser tomadas caso haja a paralisação. "O Metrô tem uma grande expertise", disse.
"Nosso apelo vai ser atendido e a população não vai ser afetada", afirmou o tucano.
O metrô voltou a operar nesta terça-feira após cinco dias de greve dos funcionários. Durante o período, milhões de pessoas acumularam prejuízos por causa da falta de transporte.
Quarenta e dois metroviários foram demitidos após participar do movimento. O governador afirmou que não vai rever a decisão. "As demissões ocorridas não foram em razão de greve. Nenhum grevista foi demitido. Elas foram em razão de outros fatos, e fatos graves, como invasão de estação, de depredação, vandalismo", afirmou, na manhã desta terça, na capital.
Segundo Alckmin, após o reajuste concedido à categoria, a greve virou "bagunça por bagunça". "Não tem mais uma discussão trabalhista. É bagunça por bagunça, caos pelo caos e é evidente que o governo tem de garantir o direito daqueles que querem ir trabalhar", afirmou.
A Justiça já havia determinado no domingo (8) que a greve era abusiva. Mesmo assim, a categoria havia decidiu manter a paralisação até a segunda-feira (9).
Também já estava definido pela Justiça o reajuste de 8,7% -mesmo percentual proposto pelo Metrô. Os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% frente a um INPC de 7,2%, no ano passado. O piso atual é de R$ 1.323,55.
SEGURANÇA
O governador disse ainda que a segurança está garantida para os jogos que serão realizados em São Paulo e que protestos não são vistos como ameaça.
"Manifestação não há problema, o que não é possível é depredação de patrimônio público ou privado, isso não pode ter", disse.
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