Sobe para 34 número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil

Na segunda (9), Ministério da Saúde mudou protocolo para identificação de novos casos

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Brasília

O Brasil já registra 34 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Os dados, divulgados nesta terça-feira (10), são de plataforma criada pelo Ministério da Saúde.

Até esta segunda (9), eram 25 casos no país. Entre as novas confirmações, cinco ocorreram no Rio de Janeiro, três em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul.

Com a atualização, já são sete estados com casos confirmados: São Paulo (19), Rio de Janeiro (8), Bahia (2), Rio Grande do Sul (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1) e Alagoas (1). Há também um caso confirmado no Distrito Federal.

No Rio Grande do Sul, um homem de 60 anos que mora na cidade de Campo Bom é a primeira pessoa do estado a receber o diagnóstico de covid-19. Ele viajou para Milão, na Itália, entre 16 e 23 de fevereiro e começou a ter sintomas como febre e tosse em 29 de fevereiro. No dia seguinte, procurou atendimento em uma clínica privada.

Como tinha sintomas leves, foi aconselhado a ficar em casa em isolamento. Em seguida, passou a ser monitorado pela vigilância epidemiológica.

Segundo o ministério, dos 34 casos já confirmados, 29 são de pacientes que viajaram a países onde há transmissão, em especial países da Europa, como a Itália, segundo país com mais casos de covid-19.

Outros cinco são de transmissão local, em pessoas sem registro de viagens –destes, quatro em São Paulo e um na Bahia.

A transmissão, porém, é restrita a pessoas com vínculo com casos já confirmados, diz o ministério. Não há registro de transmissão sustentada no país --termo usado para definir os casos em que não há como identificar a origem da infecção.

Ainda segundo a pasta, um perfil dos casos confirmados mostra que 14 deles têm abaixo de 40 anos, 15 entre 40 e 59 anos e um acima de 60 anos. Ao menos cinco estão hospitalizados –caso de uma paciente do Distrito Federal, por exemplo.

Ao comentar os dados, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, frisou que a maior parte dos casos graves ocorrem em idosos, mas que é importante ter atenção para evitar casos em crianças devido à possibilidade de que transmitam o vírus.

Nesta segunda, o Ministério da Saúde anunciou que pacientes internados em hospitais com quadro de síndrome respiratória grave (como uma pneumonia, por exemplo) passariam a ser testados para o novo coronavírus.

A avaliação deve ocorrer mesmo para pacientes sem histórico de viagem —ou seja, mesmo naqueles que não entrariam na definição de casos de suspeita de covid-19. O objetivo é verificar se já há circulação do vírus no país. Ainda não houve resultados dessa análise.

CASOS EM INVESTIGAÇÃO

Além dos casos já confirmados, balanço do Ministério da Saúde também mostra 893 registros de atendimentos na rede de saúde em etapa de exames para investigar uma possível infecção pelo novo coronavírus.

Entram nessa lista casos de pacientes com febre e outros sintomas respiratórios (como tosse e dificuldade para respirar) e histórico de viagem nos últimos 14 dias a América do Norte, Europa e Ásia, além de outros países como a Austrália, Argélia e Equador.

Até o momento, 780 casos já foram descartados após exames.

Questionado sobre a possibilidade de atender a um pedido de secretários estaduais de saúde por mais recursos, Gabbardo diz que não há previsão até o momento de antecipar a liberação de verbas.

Segundo ele, a pasta atua no momento com medidas para habilitação de serviços, como leitos extras em UTIs e ampliação do horário de atendimento de postos de saúde.

Ao menos 160 leitos devem ser habilitados ainda nesta semana, afirma o secretário de atenção especializada em saúde, Francisco Figueiredo.

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