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Brasil chega a 145 mil mortes pela Covid-19, mostra consórcio de imprensa

País registrou 664 óbitos e 33.002 casos da doença; total de infecções é de 4,8 milhões

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O Brasil registrou 664 novas mortes pela Covid-19 e 33.002 casos da doença, nesta sexta (2). O país chega, assim, a 145.431 óbitos e 4.882.231 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 675. Recentemente, o país chegou a estar em situação de queda da média (em relação à média de 14 dias antes), mas retornou para o patamar de estabilidade dos dados de mortes (o que não significa uma situação tranquila).

A média ainda está em patamares elevados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Amazonas, Ceará e Roraima apresentam aumento da média móvel de mortes em comparação ao dado de 14 dias atrás.

Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhã, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe têm média móvel de mortes estável. Os demais estados apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 69,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (208.600), e o Reino Unido (42.358), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 63,9 e 63,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (59,5).

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 78.078 óbitos, tem 61,9 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 101,7. O país tem 32.535 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 99.773 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 7,4 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 45,6 mortes por 100 mil habitantes.

Dados divulgados nesta sexta (2) pelo Ministério da Saúde apontam 33.431 novos casos da Covid-19 confirmados nas últimas 24h, com 708 novas mortes --dessas, 526 ocorreram nos últimos três dias.

Com isso, o total registrado no balanço federal já chega a 4.880.523 casos confirmados da doença desde fevereiro, com 145.388 mortes.

Há ainda 2.424 mortes em investigação, o que pode aumentar os números.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​

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