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Com mortes em alta, RS autoriza prefeitos a abrirem comércio

Municípios poderão definir regras de restrições da Covid-19

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Porto Alegre

Depois de reunião de quase três horas com prefeitos do estado e com a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou na noite desta sexta-feira (19) a retomada do modelo de cogestão para definir as regras de restrição na pandemia de Covid-19.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) - Gustavo Mansur/Palácio Piratini

A partir de segunda-feira (22), o comércio das cidades poderá operar em regime de bandeira vermelha de acordo com a decisão dos gestores municipais. Pelo modelo de cogestão, os prefeitos podem adotar as regras de isolamento da bandeira imediatamente inferior à determinada para a região.

O Rio Grande do Sul vive uma situação crítica devido à pandemia. A capital, Porto Alegre, enfrenta lotação máxima em todas as suas UTIs. Em outro grande centro médico, o Hospital da Restinga e do Extremo Sul de Porto Alegre, na periferia do município, pacientes ficam nos corredores, de pé e ao lado de cilindros de oxigênio, devido à lotação.

Todo o estado seguirá em bandeira preta, segundo o decreto que será publicado no fim de semana pelo governo gaúcho, que indica risco altíssimo de contaminação. Nesta sexta-feira, o Estado registrou 390 mortes por Covid-19 e elevou sua média móvel diária de óbitos para 279 –a maior da pandemia.

O aumento em relação às duas últimas semanas foi de 90%. O número total de vítimas chega a 16.507. Leite reconheceu que o Estado vive o momento mais crítico da pandemia, mas justificou o relaxamento pela redução nos índices de internação.

“O fôlego econômico está se esgotando, por isso decidimos permitir que algumas atividades possam retornar. Mas não é uma volta ao normal”, advertiu o governador. Leite destacou que as internações se estabilizaram nas últimas semanas, mas num patamar muito alto. E que haverá uma fiscalização rigorosa para garantir o cumprimento das normas que forem adotadas.

Pelas novas regras, o comércio de produtos não essenciais poderá abrir ao público até as 20h, mas apenas nos dias de semana. Nos finais de semana, incluindo os feriados de Páscoa da primeira semana de abril, não haverá atividades. O toque de recolher entre 20h e 5h continua.

Bares e restaurantes devem fechar às 18h, valendo também as restrições dos finais de semana e feriados e com lotação de até 25% da capacidade. Os supermercados poderão funcionar até 22h todos os dias da semana, mas em compensação segue a proibição da venda de produtos não-essenciais, como eletrodomésticos e itens de bazar.

Praias e parques abrirão somente para atividades esportivas individuais e atividades de esporte, como futebol profissional, apenas após às 20h.

Leite disse que, do ponto de vista sanitário, o estado deveria permanecer mais tempo com as atividades suspensas. “Mas as restrições das últimas três semanas, que foram muito rigorosas, esgotaram essa possibilidade”, afirmou.

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