Descrição de chapéu Coronavírus Rio de Janeiro

Paes faz 'apelo público' a Ministério da Saúde e Rio pode ficar sem vacinas na segunda

Queiroga promete mais doses ao estado para conter variante delta

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Rio de Janeiro

O município do Rio de Janeiro suspenderá, na próxima segunda-feira (9), a vacinação de primeira dose contra a Covid-19 se não receber neste fim de semana nova remessa de imunizantes do Ministério do Saúde. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde.

No último dia 23 de julho, o município já havia suspendido por cinco dias a vacinação de primeira dose por falta de estoque.

A Secretaria recebeu nesta sexta (6) 223.868 doses de vacinas e tem previsão de aplicar 175.806 segundas doses nos próximos dias.

Segundo o cronograma atual, na próxima segunda-feira (9) serão vacinadas pessoas a partir de 26 anos. A vacinação para todas as pessoas com mais de 18 anos está prevista para terminar no dia 18 deste mês.

O secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou nas redes sociais, na manhã deste sábado (7), que o município aguardava doses de Coronavac e Pfizer já em estoque do Ministério da Saúde. Procurada pela reportagem, a pasta ainda não respondeu.

Em resposta à publicação do secretário na rede social, o prefeito Eduardo Paes fez o que chamou de “apelo público” ao Ministério da Saúde para acelerar a distribuição de vacinas.

“Soube que tem inclusive um monte de coronavac do @butantanoficial lá estocada. Bora distribuir. Só 5% dos internados no Rio tomaram vacina. Ou seja, elas funcionam e SALVAM VIDAS! #boradistribuir", escreveu o prefeito.

Segundo a assessoria do Instituto Butantan, o laboratório tem cumprido o cronograma acordado com o Programa Nacional de Imunização (PNI), inclusive com antecipação de entrega.

Ainda segundo o órgão, não existe estoque de lotes de vacinas, que são liberados assim que ficam prontos, de duas a três vezes na semana. A próxima entrega ao Ministério da Saúde, de 2 milhões de doses de Coronavac, está prevista para segunda-feira.

Após a reclamação de Paes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou em suas redes sociais que o estado do Rio receberá 5% a mais de doses do que o previsto inicialmente, numa iniciativa para conter a variante delta.

Sem citar o prefeito, ele citou as doses entregues ao estado durante a semana e disse que as doses adicionais decorrem de pleito do governador Claudio Castro (PL).

A queixa do prefeito foi feira três dias depois de o governador paulista João Doria (PSDB) acusar o ministério do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de enviar somente metade das doses de Pfizer previstas para o estado de São Paulo.

Na ocasião, representantes do Ministério da saúde disseram ter havido apenas uma compensação por doses extras recebidas anteriormente.

“Vamos buscar uma maneira de compensar essas doses nas próximas pautas para não criar um impacto grande no programa no estado de São Paulo”, disse na quinta-feira Queiroga ao lado do secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

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