No primeiro dia de vacinação contra a Covid em farmácias na capital paulista, o movimento foi tranquilo nas duas unidades da Drogaria São Paulo que começaram a aplicar as doses neste sábado (4). A imunização na rede privada segue a mesma regra da rede pública.
Desta forma, só pode pagar pelo imunizante quem já é contemplado pela vacina também nos postos de saúde, de forma gratuita.
Até as 15h20, apenas quatro pessoas haviam recebido a vacina na loja localizada na avenida Paulista.
Segundo a administração da unidade, outras três pessoas tinham agendamento marcado ao longo do dia. Daiana Zorzo, gerente farmacêutica da unidade, disse que a maior procura tem sido de clientes com menos de 60 anos em busca da quarta dose. A drogaria, porém, não está atendendo esse público, já que afirma seguir "rigorosamente os critérios adotados pela Anvisa".
Assim como nos postos, só quem tem a partir de 60 anos pode receber a quarta dose, desde que a aplicação anterior tenha acontecido há quatro meses ou mais.
Neste sábado (4), porém, o Ministério da Saúde liberou a quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas com 50 anos ou mais e trabalhadores de saúde de todas as idades. O estado de São Paulo informou que a aplicação para essa nova parcela da população já se inicia na segunda-feira (6).
Questionada, a Drogaria São Paulo disse que vai avaliar a nota técnica para vender a vacina para esse grupo também. No momento, além da quarta dose para as pessoas com mais de 60 anos, a rede aplica o imunizante em pessoas com idades entre 18 e 59 anos interessados na segunda ou terceira doses.
Esse foi o caso do publicitário Marcos Zapater, 40, que buscou a farmácia para a terceira dose. Mesmo com a possibilidade de se vacinar gratuitamente nos postos de saúde, ele disse que preferiu pagar R$ 229 pela "praticidade e agilidade".
Zapater afirmou que teve dificuldades de achar o imunizante na rede pública. "Na sexta após o feriado de Tiradentes [em abril], fui em três postos e estavam fechados. Preferi pagar e já resolver", afirmou. Outro motivo, segundo ele, é o aumento de casos de Covid em familiares e amigos próximos.
Já a advogada Marcela Barretta, 41, disse que optou pagar pela terceira dose por estar se sentindo desprotegida. Ela disse que tomou a vacina da Janssen em julho do ano passado, e a da Pfizer em dezembro.
A vacina aplicada pelas farmácias é da AstraZeneca, importada. Além da unidade da avenida Paulista, o imunizante é vendido na Drogaria São Paulo da avenida Lavandisca, 116, em Moema, na zona sul. É preciso fazer agendamento. Como nos postos de saúde, para ser imunizado contra a Covid em farmácias é preciso levar comprovantes de vacinação e de identidade.
Desde a última segunda-feira (30), a vacina contra a Covid-19 começou a chegar na rede particular. . Algumas clínicas particulares já estão vacinando contra a Covid ou montando grupos, porque cada frasco tem dez doses, que precisam ser aplicadas em até 48 horas após aberto.
De acordo com a ABCVac, a vacina da rede privada é igual à aplicada na pública, tendo sido importada diretamente da fabricante —apenas as embalagens são diferentes.
Começo adiado no RJ
Na cidade do Rio de Janeiro, a rede Drogarias Pacheco, que faz parte do mesmo grupo empresarial da rede Drogaria São Paulo, também chegou a anunciar que a vacina contra a Covid-19 seria aplicada a partir deste sábado (4) na unidade da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Isso, porém, não ocorreu. Em visita ao local durante a tarde, a Folha foi informada que a imunização começará apenas na segunda, mediante agendamento.
Em nota, a Drogarias Pacheco afirmou apenas que a vacinação ocorre por reserva prévia por meio do WhatsApp. "A empresa informa ainda que, por se tratar de um frasco multidose que precisa ser utilizado em, no máximo, 48 horas, os agendamentos estão sendo concentrados em horários próximos para evitar desperdício do imunizante."
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