Descrição de chapéu Coronavírus

Anvisa aprova vacina de empresa indiana contra Covid

Tecnologia possibilita produção industrial do material que será utilizado para gerar a formação de anticorpos no organismo

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Brasília e São Paulo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou nesta segunda-feira (8) a aprovação de uma vacina contra a Covid, desenvolvida com tecnologia recombinante pelo Instituto Serum da Índia.

De acordo com a agência reguladora, a tecnologia de proteína recombinante possibilita a produção industrial do material para induzir a formação de anticorpos no corpo humano.

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). - Agência Brasil

A vacina, aprovada para prevenir a Covid em pessoas a partir dos 12 anos, requer um esquema de duas doses para a imunização inicial. A segunda aplicação deve ocorrer exatamente 21 dias após a primeira.

Para aqueles com 18 anos ou mais, é recomendada uma dose de reforço, a ser administrada seis meses após a conclusão da imunização primária.

Produzida pelo Instituto Serum da Índia, esta vacina é representada no país pela Zalika Farmacêutica.

"A vacina é um imunizante monovalente, com antígeno de proteína S [de Spike, a espícula ou gancho usado pelo vírus para entrar nas células] recombinante com adjuvante à base de saponina. A tecnologia de proteína recombinante permite produzir dentro da indústria o material que será utilizado para gerar a formação de anticorpos no organismo. Já o adjuvante tem função de aumentar essa produção", disse a agência reguladora, em nota.

A tecnologia de vacina recombinante é similar à técnica para produção da vacina de Oxford/AstraZeneca, que utiliza um vírus como vetor viral (vírus causador de resfriado comum) modificado para apresentar a proteína do Sars-CoV-2. Durante a fase aguda da pandemia da Covid, foi no Instituto Serum indiano que foram fabricadas muitas das doses importadas ao Brasil do imunizante da AstraZeneca.

O Instituto Serum tornou-se, nos dois primeiros anos da Covid, o maior produtor mundial de imunizantes. Ele chegou a produzir mais de 1 bilhão de doses da Covishield —versão da vacina da AstraZeneca—, mas suspendeu sua produção em 2022 devido à queda na procura.

Apesar da interrupção na produção, o Instituto Serum foi um importante pólo de produção de vacinas contra a Covid, não apenas da Covishield, mas também de outras vacinas. Países vizinhos também se beneficiaram da produção local, como Bangladesh, Nepal e Sri Lanka.

O imunizante recebeu aprovação para uso emergencial pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em janeiro de 2021.

No Brasil, as vacinas contra Covid que já receberam registro definitivo foram da AstraZeneca (produzida em conjunto com a Fiocruz), Janssen, Pfizer (monovalente), Pfizer (baby), Pfizer (bivalente) e Moderna (bivalente). Já a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, possui aprovação para uso emergencial.

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