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Japão não está contra a OMS na questão dos imunizantes

Ato contrário à organização de saúde foi organizado por grupos antivacina e não representa opinião do governo do país asiático

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São Paulo

O governo japonês não se posicionou contra o fato de a OMS (Organização Mundial de Saúde) defender as vacinas contra a Covid-19, diferentemente do que afirma conteúdo viral. Um post circulando no X (antigo Twitter), Facebook e WhatsApp usa imagens de protesto no parque Ikebukuro, em Tóquio, em 13 de abril, para espalhar a desinformação.

A manifestação, de fato, ocorreu, mas foi organizada por grupos antivacina, e não pelo governo japonês. Além disso, o post superdimensiona o ato ao dizer que "mais de 100 mil pessoas" participaram. Não há dados oficiais, mas, segundo um dos organizadores, Kazuo Sato, o público foi de "mais de 10 mil pessoas" —cerca de 0,07% das 13,9 milhões que vivem em Tóquio.

Pessoas, maioria asiática, de máscara, caminham em via com laterais cheias de bandeirinhasas do Japão
Cidadãos em Tóquio, em janeiro de 2023, quando OMS ainda não havia decretado o fim da pandemia; governo japonês apoia ações da organização de saúde, ao contrário do que diz post - Issei Kato - 9.jan.2023/Reuters

A crítica às vacinas da Covid foi um dos pontos centrais do protesto, mas os participantes também se manifestaram contra a revisão do RSI (Regulamento Sanitário Internacional), documento da OMS elaborado em 2005 para direcionar ações que devem ser tomadas frente a crises de saúde com potencial global.

Em março, o governo japonês se tornou o primeiro doador oficial de campanha da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), ligada à OMS. O país destinou US$ 5 milhões para a Rota Pan-Americana de Saúde Digital, cujo foco é a preparação para pandemias.

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