A Justiça espanhola reabriu uma investigação relacionada à manipulação do resultado de um jogo entre Zaragoza e Levante, disputado na edição 2010-2011 do Campeonato Espanhol.

A partida terminou com uma vitória por 2 a 1 do Zaragoza. O time escapou do rebaixamento graças ao resultado.

A promotoria prepara um pedido de dois anos de prisão para todos os jogadores, treinadores e dirigentes suspeitos de envolvimento no caso. Também solicita que os acusados sejam banidos do futebol por seis anos. 

A suspeita é de que a vitória do Zaragoza foi obtida com o pagamento aos jogadores do Levante de uma quantia que equivale atualmente a 965.000 euros (R$ 3,8 milhões).

Os investigadores dizem que o Zaragoza depositou o dinheiro nas contas bancárias de nove dos seus jogadores. O ex-técnico Javier Aguirre e o ex-diretor esportivo Antonio Prieto também teriam recebido depósitos.

Em seguida, eles fizeram saques e entregaram o dinheiro para que a diretoria do Zaragoza repassasse aos jogadores do Levante. O procedimento teria o objetivo de esconder a ilegalidade da operação.

Os investigadores afirmam que os atletas do Levante que receberam os valores fizeram pouco uso de dinheiro efetivo nos meses seguintes, o que comprovaria o recebimento em mãos do suborno.

Os suspeitos que atuavam pelo Zaragoza negam que os saques foram feitos para fraudar o resultado do jogo.

Durante a primeira investigação, os jogadores do Levante deram justificativas variadas para as escassas movimentações com dinheiro efetivo. Eles disseram que receberam o pagamento de empréstimos, que viviam com os pais ou que passaram férias na casa de parentes.

Entre os acusados está o brasileiro Wellington Silva, que à época estava no Levante e hoje joga pelo Internacional.

Outros envolvidos são jogadores de renome no futebol mundial, como Leo Ponzio, do River Plate, Ander Herrera, do Manchester United, e Gabi, capitão do Atlético de Madri.