São Paulo e Santos fazem clássico de times desiguais

Melhor defesa paulista, time tricolor terá teste contra o eficiente ataque rival

O atacante Gabriel, do Santos, observa a bola durante um treinamento da equipe no CT Rei Pelé
O atacante Gabriel, esperança de gols do Santos, observa a bola durante um treinamento da equipe no CT Rei Pelé - Ivan Storti/SantosFC
São Paulo

O São Paulo vai apostar na força de seu sistema defensivo contra o Santos, neste domingo (18), no Morumbi, às 17h, pelo Campeonato Paulista, para tentar se manter na liderança do grupo B. Já o time da Vila Belmiro, segundo melhor ataque, com 11 gols, vê em Gabriel a chance de furar a melhor defesa.

Se a defesa são-paulina vai bem, o mesmo não pode ser dito do ataque, que marcou apenas seis gols e ocupa a décima posição no quesito entre os 16 times do Paulista. Porém, o clube tem um jogo a menos que os demais, como o Ituano. No lado alvinegro, é o contrário. O time já sofreu sete gols. Oitava pior defesa.

Em oito jogos na temporada, contando Estadual e Copa do Brasil, o clube tricolor sofreu apenas quatro gols. Dois na primeira partida do Paulista, na derrota para o São Bento por 2 a 0, quando atuou com a equipe reserva, e outros dois ao perder o clássico para o Corinthians, 2 a 1. 

No entanto, Rodrigo Caio, titular em sete partidas, é desfalque certo no clássico. O jogador levou o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Bragantino. A tendência é que ele seja substituído por Anderson Martins na dupla de zaga com Bruno Alves.

O técnico Dorival Júnior deve manter o trio ofensivo com o peruano Cueva aberto pela esquerda, Diego Souza centralizado e Marcos Guilherme pelo lado direito do campo. 

Já o Santos aposta em Gabriel para vencer o paredão são-paulino. O jovem atacante de 21 anos fez dois jogos desde sua volta. Ele marcou em sua estreia, no empate por 2 a 2 contra a Ferroviária, e na vitória diante do São Caetano por 2 a 0, quando beijou o gramado da Vila Belmiro.

O gesto tem um simbolismo. O atleta se sente em casa atuando pela equipe onde foi revelado e viveu sua melhor fase. O atacante ficou 17 meses no futebol europeu, passou por Inter de Milão, da Itália, e Benfica, de Portugal, e marcou apenas duas vezes, uma por cada time.

O técnico Dorival Júnior, do São Paulo, olha para a frente, de óculos e camisa cinza, no estádio do Morumbi
O técnico Dorival Júnior, do São Paulo, formou a defesa menos vazada do Campeonato Paulista - Marcello Zambrana/AGIF

O técnico santista Jair Ventura deve manter Eduardo Sasha ao lado de Gabriel. A dúvida para completar o trio ofensivo está na improvisação ou não do atacante Copete na lateral esquerda, no lugar do contestado Caju. Se isso acontecer, Arthur Gomes ganhará a vaga na frente.

Na defesa, o treinador não terá David Braz, suspenso. Gustavo Henrique deve assumir a posição e terá ao seu lado Lucas Veríssimo. O volante Renato, poupado contra o São Caetano, deve retornar ao time titular.

O Santos lidera o Grupo D do Paulista com 11 pontos.

RETROSPECTO

Com a vitória na quinta-feira (15) sobre o CSA-AL, pela Copa do Brasil, o São Paulo do técnico Dorival Júnior alcançou seu quarto resultado positivo seguido —antes venceu Madureira, pelo mesmo torneio, e Botafogo-SP e Bragantino, pelo Campeonato Paulista.

A boa sequência anima a equipe do Morumbi a melhorar um quesito em baixa nos últimos cinco anos: seu retrospecto frente aos seus rivais do Estado.

Somente contra o Santos, seu próximo adversário, foram 18 partidas (5 vitórias, 3 empates e 10 derrotas).

O clube também está em desvantagem frente ao Corinthians, para quem perdeu por 2 a 1 nesta edição do campeonato (3 vitórias, 10 empates e 11 derrotas).

A menor diferença está ante o Palmeiras (4 vitórias, 2 empates e 7 derrotas).

NA TV
São Paulo x Santos
17h, Globo (em SP)    

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