Treinador do São Paulo, Aguirre exige intensidade de suas equipes

Uruguaio, que atuou no clube tricolor ao lado de Raí e Ricardo Rocha, foi indicado por Lugano

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Diego Aguirre orienta jogadores do Atlético-MG durante jogo da Libertadores-2016 - AFP
São Paulo

Anunciado como novo treinador do São Paulo neste domingo (11), o uruguaio Diego Aguirre, 52, exigirá algo que a equipe poucas vezes mostrou nas 15 partidas disputadas até agora na temporada: intensidade e rapidez. 


Essas foram as principais características dos últimos times dirigidos pelo novo técnico são-paulino, que assinou contrato até dezembro. Inter (2015), Atlético-MG (2016) e San Lorenzo (2017) jogavam dessa maneira. Os dois últimos chegaram às quartas da Libertadores, enquanto o Inter foi até a semi. 


“O time vai mostrar raça, vai mostra personalidade, jogo, e vai lutar para ganhar coisas importantes. Eu tenho certeza disso e gostaria que a torcida apoiasse esta nova etapa que começa”, disse o uruguaio, que acompanhou a vitória da equipe sobre o Red Bull por 3 a 1, neste domingo (11), no Morumbi, no encerramento da primeira fase do Paulista. 


As equipes de Aguirre usam os esquemas táticos 4-2-3-1 e o 4-1-4-1 e possuem um sistema defensivo bem postado, com os laterais guardando posição. Ele gosta de escalar dois volantes —um com característica de mais marcação e outro com boa saída de bola— e dois meias abertos, que possuem velocidade para atacar e recompor.


O setor ofensivo tem sempre um jogador de muita movimentação e outro mais fixo dentro da área. 
O atual elenco são-paulino dá opções para o treinador manter essas características. Volante de origem, Militão atua na lateral direita e sempre tem a marcação como ponto forte. Na esquerda, Edimar, que está machucado, possui característica semelhante. Já Reinaldo, que deve ser o titular, costuma apoiar mais o ataque. 


Já no meio de campo, o São Paulo não possui um volante com estilo marcador. Jucilei, que se recupera de contusão, costuma proteger mais a defesa, mas, em outros clubes, não costumava exercer essa função. Petros, que ajuda mais na armação, tem estilo que agrada Aguirre. 


Marcos Guilherme e Valdivia, que já jogou com o treinador no Internacional, quando teve um dos seus melhores momentos na carreira, devem ser os jogadores que vão atuar abertos pelos lados do campo.

Assim, Cueva deve ser escalado mais próximo ao centroavante. 

Preterido nos últimos jogos por Dorival Júnior, Diego Souza deve ganhar oportunidades com Aguirre para ser o jogador de referência na área, posição em que almeja ser convocado para a seleção na Copa. Outra opção é o colombiano Tréllez, que possui a mesma característica. 

Já Nenê, 36, outro reforço contratado para esta temporada, deve amargar o banco de reservas, já que não possui a intensidade que o treinador uruguaio deseja. 

O ex-vascaíno, porém, deve ser bastante utilizado, principalmente no meio de campo, já que Aguirre costuma poupar titulares para encarar a grande sequência de jogos no futebol brasileiro. 

“Aguirre é um técnico atualizado, com grandes trabalhos e referências importantes para o que queremos no futebol do São Paulo. Confiamos que ele tem o perfil e a metodologia de trabalho que se encaixam com o clube”, disse Raí, diretor executivo de futebol do clube.

VELHO CONHECIDO


Aguirre foi escolhido a partir de uma indicação do compatriota Lugano, superintendente de relações institucionais do time do Morumbi. O treinador dirigiu o ex-zagueiro em seu início de carreira.

Como jogador, o uruguaio atuou no clube com Raí e Ricardo Rocha, coordenador de futebol do São Paulo, no início da década de 1990. 

Aguirre deverá fazer sua estreia no comando da equipe contra o São Caetano no próximo final de semana, pelas quartas de final Paulista. A data e o horário da partida serão definidas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) na terça-feira (13). 

Antes do duelo contra o time do ABC, o São Paulo enfrenta o CRB, na quarta-feira (14), em Alagoas, pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil. A equipe, que venceu na ida por 2 a 0, será comandada novamente por André Jardine, que será auxiliar de Aguirre, já que o uruguaio ainda não tem visto para trabalhar no Brasil.

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