Sem convencer novamente e apresentando erros na transição ofensiva e na criação de jogadas, a seleção brasileira fez o suficiente para vencer Camarões por 1 a 0, nesta terça (20), no Stadium MK, em Milton Keynes, cidade a 87 quilômetros de Londres.
Assim, encerrou o ano com 100% de aproveitamento no período pós-copa. Antes do triunfo diante dos africanos, superou Estados Unidos (2 a 0), El Salvador (5 a 0), Arábia Saudita (2 a 0), Argentina (1 a 0) e Uruguai (1 a 0).
Com exceção dos uruguaios e argentinos, que ocupam a 6ª e a 12ª colocação no ranking da Fifa, respectivamente, os outros adversários estão em posições bem inferiores, como os sauditas, atualmente em 72º lugar.
Nesta terça, o time apresentou outra vez erros no meio-campo. Contribuiu para a falta de chances criadas a saída de Neymar, logo aos sete minutos. Ele sentiu lesão na região da virilha direita e foi substituído por Richarlison.
Com estilo diferente do apresentado pelo camisa 10, que costuma sair do lado esquerdo e cair para o meio, o atacante do Everton, da Inglaterra, foi o destaque positivo do amistoso —e de todo o período pós-Copa. Procurou o jogo, e o seu esforço foi premiado com um gol de cabeça, aos 45 minutos.
Assim, igualou Neymar como o goleador do Brasil nesses seis jogos, com três gols.
Se Richarlison ganhou pontos com Tite, o volante Paulinho, que atuou pela primeira vez pela seleção após o Mundial da Rússia, deixou a desejar.
Ele foi usado pelo lado esquerdo do meio-campo. Com a entrada do jogador do Guangzhou Evergrande, da China, Arthur jogou recuado, à frente dos zagueiros, e Allan, do Napoli, pelo lado direito.
Foi a primeira vez desde que assumiu o comando da seleção, em 2016, que Tite iniciou o jogo sem um jogador com características defensivas no meio. Antes, usou Casemiro, cortado por lesão, Fernandinho, que ainda não foi chamado desde a derrota para a Bélgica na Copa do Mundo, e Walace, que começou na reserva e entrou no segundo tempo.
Sem um volante de ofício, os laterais Danilo e Alex Sandro apoiaram pouco, e a equipe apresentou um futebol burocrático. A seleção ainda deu espaço para o contra-ataque, mas o rival assustou apenas uma vez durante todo o jogo.
Neste período pós-copa, Tite convocou 40 jogadores, mas apenas 32 entraram em campo. Fagner, Marcelo e Pedro fazem parte desta lista, mas foram cortados por lesão e não jogaram. Já Rafinha e Malcom ficaram só como opções.
Dos convocados para o novo ciclo, os destaques foram Arthur e Richarlison, nomes praticamente certos na Copa América-2019, de 14 de junho a 7 julho de 2019, no Brasil.
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