Portuguesa de Dener e Flamengo de Djalminha já brilharam na Copa São Paulo

Tradicional torneio da base é disputado desde 1969 e já teve 21 campeões

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O ex-atacante Dener, que morreu aos 23 anos, em 1994, durante treino da Portuguesa
O ex-atacante Dener, que morreu aos 23 anos, em 1994, durante treino da Portuguesa - J.F.Diorio/Folhapress
São Paulo

A Copa São Paulo de Futebol Júnior é a grande vitrine para os jovens atletas. Ter a chance de decidir um título então, é uma espécie de bilhete premiado para a garotada.

São Paulo e Vasco decidem a taça nesta sexta-feira (25), às 15h30.

Nomes que se consagraram no futebol tiveram o primeiro brilho no torneio paulista. Centroavante rompedor, com passagens por Ponte e Botafogo, Chicão faturou o bi em 81 e 82 pelo time de Campinas.

“Em 81, eu sofri o pênalti que nos deu a vitória e o primeiro título”, afirmou.

No ano seguinte, ele foi ainda mais importante na decisão. “Já estava no time de cima, não queria voltar. Mas deu certo. Na final, ganhamos de 2 a 1, e fiz os dois gols contra o Santos. Ainda fui o artilheiro”, lembrou o atacante.

Dali em diante, a carreira do camisa 9 decolou. Chicão foi medalha de prata nos Jogos de Los Angeles, em 84, vice do Brasileiro em 92 com o Botafogo e está entre os maiores artilheiros da história da Ponte com 105 gols.

Questionado sobre quem deve ficar com a taça nesta sexta (25), Chicão ficou em cima do muro.

“Equilíbrio. O São Paulo toca bem a bola e o Vasco tem um contra-ataque rápido”, avalia.

Outro centroavante que aproveitou a Copinha para aparecer no cenário nacional foi Sinval, campeão pela Portuguesa em 91. “Tenho um recorde que dura 28 anos. O de maior artilheiro. Fiz 12 gols em oito jogos. Até hoje ninguém bateu essa marca”, falou.

No ano do título, a final terminou com goleada e a vítima foi o Grêmio.

“Ganhamos de 4 a 0. Todo o ataque fez gol: Eu, o Dener, o Tico e o Pereira. O Dener era um baita craque. Foi uma época realmente especial”, falou.

Sinval falou que a Copinha hoje é muito mais valorizada.

“Futebol atualmente é negócio. Os jogos passam para todos os lugares. O garoto que faz um gol numa final se valoriza ainda mais”, falou Sinval, que não apontou um favorito ao título. “Vai ser um jogo muito igual.”

Mas nem só atacantes tiveram o prazer de decidir uma Copinha. O ex-zagueiro Júnior Baiano, no Flamengo, virou herói em 90 diante do Juventus. O lance do gol segue vivo na memória.

“Roubei a bola no meio e toquei para o Djalminha. Ele dominou e lançou na frente. O goleiro saiu e toquei por cobertura”, lembrou. “Era uma Copa do Mundo. E foi o primeiro título do Flamengo, o que torna mais especial.”

Títulos por clube

Corinthians: 10 (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017)
Fluminense: 5 (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989)
Internacional: 4 (1974, 1978, 1980 e 1998)
Flamengo: 4 (1990, 2011, 2016 e 2018)
São Paulo: 3 (1993, 2000 e 2010)
Santos: 3 (1984, 2013 e 2014)
Atlético-MG: 3 (1975, 1976 e 1983)
Ponte Preta: 2 (1981 e 1982)
Nacional-SP: 2 (1972 e 1988)
Portuguesa: 2 (1991 e 2002)
Juventus: 1 (1985)
Cruzeiro: 1 (2007)
Guarani: 1 (1994)
Vasco da Gama: 1 (1992)
América-SP: 1 (2006)
América-MG: 1 (1996)
Paulista: 1 (1997)
Roma Barueri: 1 (2001)
Marília: 1 (1979)
Santo André: 1 (2003)
Figueirense: 1 (2008)

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