Neymar expôs meu filho, diz ex-marido de mulher que acusa jogador

Estivens Alves ficou com a criança enquanto a suposta vítima esteve em Paris

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Neymar treina na Granja Comary, em Teresópolis, RJ - Ricardo Moraes - 4.jun.2019/Reuters
São Paulo

O modelo Estivens Alves, 31, ex-marido da mulher que acusa Neymar de estupro, está incomodado com a exposição que seu filho ganhou após o camisa 10 da seleção brasileira mostrar o nome da criança no vídeo que publicou no Instagram. O atacante do PSG é investigado por ter divulgado imagens íntimas de terceiros (veja o que se sabe sobre as investigações). 

Segundo Alves, que ficou com o filho enquanto a mãe estava em viagem a Paris, ele precisou mudar de rotina e vem adotando medidas de segurança desde que o caso veio à tona.

Estivens Alves, ex-marido da mulher que acusa Neymar de estupro
Estivens Alves, ex-marido da mulher que acusa Neymar de estupro - Reprodução

“Meu incômodo é o Neymar ter exposto meu filho e, hoje, ele ter que estar protegido, fora da vida [normal] dele. Estou tentando reverter essa exposição, que está gerando dano para rotina dele. Isso está sendo bem chato. Nem indo para escola essa semana ele está”, afirmou Alves.

O ex-marido da mulher que acusou Neymar afirmou considerar desnecessária a exposição do nome do seu filho no vídeo que o atacante publicou. “Eu sei que ele precisa zelar pela carreira dele, mas há outras vidas envolvidas”, disse.

O relacionamento do modelo com a mulher que acusa Neymar de estupro durou sete anos. Para Estivens Alves, a suposta vítima, que também é modelo, seria "incapaz de inventar" uma história dessa gravidade para se promover.

Após ficar com o filho durante a viagem da ex-mulher à França, ambos se encontraram no retorno da modelo ao Brasil.

“Eu encontrei com ela quando chegou; Estava um pouco calada, bem assustada. Eu não sei o aconteceu lá”, afirmou. “A Justiça tem que decidir quem está certo e quem está errado”.

Para o advogado Ariel Castro, especialista em direitos da criança e do adolescente e conselheiro do Condepe-SP (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), Neymar não cometeu crime ao expor o nome do filho da suposta vítima.

Segundo ele, a legislação que protege os menores de idade (ECA) prevê que é crime divulgar o nome de crianças e adolescente envolvido em ato infracional, o que não é o caso.

O mais próximo seria um constrangimento, que estaria configurado se o jogador de futebol tivesse alguma relação com a criança exposta, que também não é o caso.

“Criminalmente não vejo incidência”, disse Castro. “Mas pode ser possível ação cível de danos morais se a criança ou adolescente se sentiu constrangida pela exposição do seu nome amplamente”, afirmou.

​​Neymar foi acusado de estupro por uma brasileira que registrou Boletim de Ocorrência em uma delegacia de Santo Amaro, em São Paulo, na última sexta-feira (31). Segundo o relato da mulher, o suposto estupro teria acontecido em Paris, no dia 15 de maio.

O jogador publicou um vídeo no Instagram se defendendo da acusação e expôs a conversa com a mulher, exibindo também imagens íntimas da suposta vítima –o vídeo foi retirado do ar pelo Instagram.

Por isso, Neymar foi intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro a depor sobre a possibilidade de ter cometido crime pela divulgação de imagens íntimas da acusadora. Nesta terça-feira (4), a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da polícia carioca aceitou adiar o depoimento do atleta, que estava marcado para sexta (7).

Procurada, a assessoria de Neymar não respondeu às tentativas de contato da reportagem.

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