Descrição de chapéu Copa do Mundo Feminina

'Vença antes de falar', diz Trump a atacante da seleção dos EUA

Megan Rapinoe afirmou que não irá à Casa Branca se o time feminino vencer a Copa

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São Paulo

​​​O​ presidente dos Estados Unidos, ​Donald Trump, usou suas redes sociais para criticar a atacante da seleção de seu país Megan Rapinoe. A jogadora havia dito à revista americana Eight by Eight que não irá à “porra de Casa Branca” caso a equipe conquiste a Copa do Mundo Feminina.

“Vença antes de falar”, escreveu Trump, que se disse um grande fã da seleção e do futebol feminino. “Megan nunca deveria desrespeitar nosso país, a Casa Branca ou a bandeira, especialmente tendo em vista o tanto tem sido feito por ela e pelo time. Tenha orgulho da bandeira que você veste”, completou o presidente.

O mandatário aproveitou para convidar todo o time para uma visita, ganhando ou não o título. No vídeo, gravado após a partida contra a Espanha, a jogadora disse duvidar que o presidente as chamaria para ir à residência oficial do presidente em Washington. "Ligas e times adoram vir à Casa Branca", afirmou ele.

Megan Rapinoe, atacante dos Estados Unidos, celebra o gol marcado contra a Espanha pela Copa do Mundo Feminina - Lionel Boaventure/AFP

Rapinoe, que marcou três gols na competição até agora, é ativista pelos direitos das mulheres e dos LGBT. Capitã do time por duas vezes nesta Copa (contra Tailândia e Espanha), ela se recusa a cantar o hino do país e chegou a se ajoelhar durante a execução da música em jogos antes do Mundial.
Assim, repetiu gesto que ficou famoso com Colin Kaepernick, ex-jogador da NFL (liga de futebol americano dos Estados Unidos), em protesto contra o racismo no país.

Após o incidente, a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USFF na abreviação em inglês) impôs uma norma que obriga atletas a ficarem de pé durante a execução do hino.

A entidade é alvo de uma ação coletiva movida pelas jogadoras, que denunciam descriminação de gênero. Segundo elas, a conduta é institucionalizada e a afeta seus salários, a frequência com que jogam, sua forma de treinar, os tratamentos médicos recebidos e até a forma como são transportadas aos jogos.

Essa não é a primeira vez que Trump mostra sua insatisfação com a postura da jogadora. Na segunda-feira (24), ele já a havia criticado por seus protestos durante o hino em entrevista ao jornal estadunidense The Hill. ​

Os Estados Unidos são tricampeões do torneio e buscam o segundo título consecutivo. Classificado para as quartas de final, o time enfrentará a França na próxima sexta (28), às 16h (horário de Brasília).

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