Seleção volta a palco do 7 a 1 com defesa zerada na Copa América

Brasil enfrentará a Argentina nesta terça-feira (2), em Belo Horizonte

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Belo Horizonte

Voltar ao Mineirão em uma semifinal tornou impossível não recordar a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na mesma fase, no mesmo campo, na Copa do Mundo de 2014. Mas, ao encarar a Argentina por uma vaga na decisão da Copa América de 2019, o Brasil começará a partida com sua defesa bem mais sólida do que a vista há cinco anos no mesmo estádio.

Em quatro jogos na competição sul-americana, a equipe de Tite não foi vazada nenhuma vez. A meta de Alisson, 26, foi pouco ameaçada, fruto do bom trabalho defensivo. Nas raras vezes em que os adversários se viram em boa posição para concluir —como no chute de Derlis González ainda no início do difícil confronto com o Paraguai, nas quartas de final—, o goleiro apareceu muito bem.

Como os ataques brasileiros se mostraram tão pouco produtivos quanto os do rival no empate por 0 a 0 na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, os anfitriões da Copa América tiveram de encarar os pênaltis para sobreviver.

Alisson comemora após pegar cobrança de pênalti contra o Paraguai
Alisson comemora após pegar cobrança de pênalti contra o Paraguai - Juan Mabromata/AFP

Alisson defendeu a cobrança do zagueiro Gustavo Gómez, o que acabou sendo decisivo para a vitória por 4 a 3 dos donos da casa. Importante na classificação, o gaúcho ampliou a confiança dos torcedores em sua capacidade, uma segurança que ainda não era observada na última Copa do Mundo.

O gaúcho foi criticado após a eliminação diante da Bélgica, nas quartas de final. E respondeu com uma temporada excelente no Liverpool, com a conquista da Liga dos Campeões. Na seleção, ele sofreu apenas 1 gol nos 9 jogos que disputou desde o Mundial da Rússia e se consolidou como uma peça muito pouco contestada.

“Quero continuar fazendo história, dando meu melhor. A temporada que tivemos no Liverpool foi brilhante, e este grupo da seleção brasileira também tem muito potencial. É um grupo que merece vencer, luta dentro de campo. Essa entrega precisa ser valorizada e precisa ser mantida”, afirmou.

Ele também tem elogios à proteção que lhe tem sido dada pela dupla de zaga, formada por Thiago Silva e Marquinhos. Os dois e aqueles que os auxiliam vêm fazendo um trabalho firme, que provavelmente terá seu maior teste até aqui na semifinal: frear o craque argentino Lionel Messi no palco do 7 a 1.

 

“Ninguém aqui tem amnésia. Ninguém esqueceu o que aconteceu nem vai esquecer”, disse Thiago, que estava na Copa de 2014, mas, suspenso, não atuou no jogo histórico. “Só que a gente não pode ficar pensando só nas coisas ruim que aconteceram. Vamos tentar ser agressivos, manter nosso padrão e, claro, ter todo o cuidado, porque estaremos diante do melhor jogador do mundo.”

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