Sete histórias para acompanhar na Superliga de Vôlei 20/21

Competição masculina começa neste sábado (31), e feminina, no dia 9 de novembro

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São Paulo

Com a temporada 2019/20 encerrada às pressas no começo da pandemia, às vésperas do início dos playoffs, a Superliga de vôlei está de volta para o que espera ser uma temporada completa em 2020/21, ainda que com limitações, como a ausência de público nos ginásios pelo menos até o fim do ano.

A competição masculina começará neste sábado (31), e a feminina, no dia 9 de novembro. As decisões estão programadas para abril, entre os dias 9 e 16 no feminino e 10 a 21 no masculino. O SporTV e a plataforma de streaming Vôlei Brasil transmitem (leia mais abaixo).

Tandara comemora ponto pelo Osasco em partida do torneio Super Vôlei
Tandara, um dos destaques da Superliga, comemora ponto pelo Osasco em partida do torneio Super Vôlei - Wander Roberto - 29.out.20/Inovafoto/CBV

Os jogos poderão ser adiados, segundo o protocolo estabelecido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), se uma equipe reunir quatro ou mais atletas com Covid-19, ou se dois levantadores contraírem a doença. Os jogadores deverão ser testados a cada 15 dias. Os infectados terão de cumprir quarentena e serão afastados por dez dias.

A realização do evento com 24 times (12 em cada gênero), após a organização ter feito convites para integrantes da Superliga B, deixou a CBV aliviada. A crise financeira, que provocou a saída de atletas renomados e fuga de patrocinadores, era uma ameaça ao torneio antes mesmo da pandemia.

“Tenho 21 anos de CBV, esta edição trouxe apreensão e ansiedade, vendo os trabalhos sendo paralisados e as equipes nem conseguiam se preparar. Hoje, é uma sensação boa, de realização”, diz Renato D’Ávila, superintendente de competições de quadra.

No masculino, o Taubaté, com a base da seleção brasileira, e o Cruzeiro largam como favoritos. Campinas e Minas tentarão desbancar os principais candidatos ao topo.

Entre as mulheres, a perspectiva é de uma concorrência mais acirrada. O projeto de Bernardinho no Sesc-RJ fez parceria com Flamengo. Minas e Praia Clube, últimos campeões, continuam entre as principais forças, e Sesi-Bauru e Osasco também devem lutar nas cabeças.

Sete histórias para acompanhar na Superliga 2020/21

'Seletiva' para os Jogos de Tóquio

Por conta da pandemia, as seleções feminina e masculina não conseguiram se reunir neste ano para treinos e competições, como ocorre geralmente de maio a setembro.

A menos de um ano para os adiados Jogos de Tóquio, os técnicos das seleções feminina e masculina, José Roberto Guimarães e Renan Dal Zotto, terão a Superliga como laboratório de observação de atletas para preencher as vagas consideradas em aberto nos elencos.

Ambos vivem a competição diariamente. Renan como ex-técnico e agora dirigente do Taubaté, e Zé Roberto no comando do São Paulo/Barueri.

Campeões olímpicos em ação

A Superliga 2020/2021 reúne, entre os seus quase 330 atletas, 15 campeões olímpicos.

As vencedoras dos Jogos de Pequim-2008 Sassá e Valeskinha defendem o Curitiba, e Walewska, o Praia Clube. As campeãs em Londres-2012 Adenízia, Dani Lins (Sesi-Bauru), Fernanda Garay (Praia Clube), Jaqueline, Tandara (Osasco) e Thaísa (Minas) também estarão em ação.

Entre os homens, cinco campeões em 2016 estão no Taubaté (Bruninho, Douglas Souza, Lucão, Maurício Borges e Maurício Souza) e William no Minas.

De volta para casa

Em meio à debandada de destaques, como Lucarelli, Wallace e Sheilla, respectivamente, na Itália, Turquia e nos Estados Unidos, a temporada 2020/2021 terá o retorno de atletas importantes para o país ou a times que já defenderam com protagonismo.

A contratação mais impactante foi a do levantador Bruninho, que passou os últimos anos na Itália, pelo Taubaté. Tandara volta ao Osasco pela quarta vez e já se destacou nas competições preparatórias. Alan retorna Cruzeiro após três anos no Sesi-SP. O Campinas trouxe de volta Leandro Vissotto, que estava no Taubaté.

Chance para os jovens

Com a crise econômica e a perda de alguns patrocinadores, várias equipes tiveram que reajustar a folha salarial, enxugar o elenco e apostar em pratas da casa. O elenco masculino do Sesi-SP reúne 13 atletas com idades entre 17 e 20 anos, sob comando do estreante técnico Marcelo Negrão, 48. A exceção é Murilo Endres, 39.

No feminino, o Sesc-RJ/Flamengo, de Bernardinho, tem ao lado de jogadoras mais experientes a ponteira Ana Cristina, 16, e a central Lívia, 17. O Minas adota receita semelhante, de mesclagem entre veteranas, como as centrais Carol Gattaz, 39, e Thaisa, 33, e as promissoras Luiza, 16, e Julia, 17, da mesma posição.

Técnicos argentinos

Cobiçados por clubes de futebol do país, os técnicos argentinos têm se consolidado também nas quadras de vôlei. Marcelo Mendez comanda o Cruzeiro desde novembro de 2009 e, nesse período, conquistou seis títulos da Superliga e três Mundiais de Clubes. Ele se divide entre o time de Belo Horizonte e a seleção argentina.

O seu auxiliar na seleção vizinha é Horácio Dileo, que treina o Campinas desde 2016. Nesta temporada, o Taubaté trouxe Carlos Javier Weber para o lugar de Renan Dal Zotto. Weber é velho conhecido dos brasileiros. Conquistou a Superliga de 1998/1999 pelo Ulbra-RS como jogador e também foi campeão, como técnico, com o Unisul-SC em 2003/2004.

Atletas estrangeiros

Historicamente, a Superliga já reuniu 167 jogadores de 30 países e, apesar da pandemia e da crise entre as equipes brasileiras, a edição de 2020/2021 contará com pelo menos 15 atletas estrangeiros.

O Sesi-Bauru conta com Brenda Castillo, da República Dominicana, e Polina Rahimova, do Azerbaijão. O Minas reúne duas norte-americanas, Danielle Cuttino e Megan Hodge. O Praia renovou com a dominicana Brayelin Martínez, trouxe a irmã dela, Jineiry, e a holandesa Anne Buijs.

No masculino, destaque para o Cruzeiro, que conta com o argentino Facundo Conte e cubano Miguel López.

Flamengo, Sesc-RJ e Bernardinho

O Flamengo, clube de futebol com a maior torcida no Brasil, e o time feminino do Sesc-RJ, com 12 títulos de Superliga, uniram forças e contam com Bernardinho para comandar um elenco com a experiência da levantadora Fabíola, 37, e a promissora ponteira Ana Cristiana, 16, candidata a revelação da Superliga.

“A presença de um time icônico como o nosso contribui para o interesse no campeonato”, afirma Delano Franco, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo. “Nosso projeto é de longo prazo, tem todo um planejamento que vem desde a base, de formação. Entramos para disputar a taça, mas os objetivos são maiores e mais longos que uma determinada posição neste ano."

A Superliga 2020/21

Times participantes

Feminino

Sesi Bauru-SP
Brasília-DF
Curitiba-PR
Fluminense-RJ
Itambé/Minas-MG
Osasco Audax/São Cristóvão Saúde-SP
Pinheiros-SP
Dentil/Praia Clube-MG
São José dos Pinhais-PR
Sesc RJ Flamengo
São Paulo/Barueri
São Caetano-SP

Masculino

Apan/Eleva/Blumenau-SC
Minas Tênis Clube-MG
Vôlei Um Itapetininga-SP
Montes Claros América Vôlei-MG
Caramuru-PR
Sada Cruzeiro-MG
EMS Taubaté Funvic-SP
Sesi-SP
Azulim/Gabarito/Uberlândia-MG
Vedacit Vôlei Guarulhos-SP
Pacaembu Ribeirão-SP
Vôlei Renata-SP

Regulamento

Os 12 times se enfrentam em turno e returno, e os oito melhores colocados vão às quartas de final. O 1º encara o 8º, o 2º duela com o 7º e assim sucessivamente, em séries melhor de três partidas, assim como as semifinais e as finais.

Transmissão

O SporTV passará metade dos jogos da Superliga, normalmente os considerados mais atrativos. Ao menos 60 transmissões estão programadas no canal até o fim do ano. Além disso, por parcela única de R$ 89, é possível acompanhar pela plataforma de streaming Vôlei Brasil os demais jogos das duas competições. Há negociações ainda com a TV Cultura.

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