Descrição de chapéu Tóquio 2020 basquete

EUA espantam fantasma nas Olimpíadas, batem França e levam ouro no basquete

Time americano devolveu derrota aos franceses sob liderança de Kevin Durant, que marcou 29 pontos

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Saitama (Japão)

Sob atuação impecável de Kevin Durant, com 29 pontos, o time de basquete dos EUA fez a lição de casa, bateu a França por 87 a 82 e levou o ouro olímpico pela quarta vez consecutiva.

Os americanos não saem de Tóquio convincentes nem merecendo a alcunha de Dream Team, mas ao menos evitaram o fiasco de voltar para casa sem a principal medalha pela segunda vez desde que passaram a incluir atletas da NBA no time, em 1992.

A celebração pouco efusiva dos jogadores ao fim da partida, na arena de Saitama, região metropolitana de Tóquio, reflete um pouco o ambiente de que apenas cumpriram a obrigação nas Olimpíadas depois do susto na estreia, quando perderam para a mesma França.

Na final, os EUA abriram vantagem no primeiro quarto, 22 a 18, e fecharam o segundo em 44 a 39. Somente nesse primeiro tempo, Durant marcou 21 pontos. O terceiro quarto ficou em 71 a 63, e os EUA fecharam o último em 87 a 82.

Kevin Durant vibrando durante final do basquete nas Olimpíadas contra a França
Kevin Durant em final do basquete nas Olimpíadas contra a França - Aris Messinis/AFP

Assim como tem ocorrido nesta reta final das Olimpíadas, apesar do veto ao público pagante, devido à pandemia da Covid-19, dezenas de voluntários, jornalistas credenciados e delegações de outros países preencheram parte da Arena de Saitama. Isso deu uma sensação de torcida, algo raro nas competições. No caso da final do basquete, uma plateia maior que a do vôlei, por exemplo, dado o interesse pelos atletas da NBA.

Os franceses, liderados por Evan Fournier (Boston Celtics) e Rudy Gobert (Utah Jazz), chegaram invictos à decisão em Saitama. Cada um somou 16 pontos na derradeira partida. Deram um pouco de trabalho aos americanos ao reduzir a diferença sempre que os EUA ampliavam o placar. Nos últimos 10 segundos, a vantagem chegou a cair para 3 pontos.

O ouro em Tóquio-2020 é o terceiro consecutivo do principal nome do time americano, Kevin Durant, que atua pelo Brooklyn Nets na NBA. Ele esteve nas conquistas de Londres (2012) e Rio (2016).

Em 18 edições do basquete olímpico antes de Tóquio, os americanos levaram 15 ouros, cinco deles desde 1992, quando os jogadores da NBA passaram a compor a seleção com o apelido de Dream Team.

Neste período, apenas em Atenas -2004 perderam o título, após caírem na semifinal para a Argentina, do consagrado Manu Ginóbili, e levarem o bronze. Sem os jogadores da principal liga americana de basquete, ficaram apenas duas vezes fora do lugar mais alto do pódio: prata em Munique-72 e bronze em Seul-88.

A derrota para essa mesma França na estreia em Tóquio, por 83 a 76, colocou em dúvida o potencial do time dirigido pelo veterano Gregg Popovich para conquistar o ouro. Mesmo com o favoritismo, um novo revés para os franceses seria um fracasso não surpreendente.

O time americano desembarcou no Japão sob desconfiança após a campanha ruim no Mundial de 2019 (quando caiu para os franceses) e as derrotas em amistosos para Austrália e Nigéria na preparação para Tóquio.

A equipe chegou sem grandes estrelas da NBA, como LeBron James ( Los Angeles Lakers), Anthony Davis (Los Angeles Lakers), Stephen Curry (Golden State Warriors) e James Harden (Brooklyn Nets). Com as ausências, apostou em nomes como Jayson Tatum (Boston Celtics), Khris Middleton (Milwaukee Bucks) e Jrue Holiday (Milwaukee Bucks).

As questões sobre a capacidade de entrosamento da equipe dos EUA cresceram na estreia nos Jogos Olímpicos, quando ela foi batida pela França.

Após o revés no primeiro jogo, os EUA reagiram, vencendo com cerca tranquilidade as seleções de Irã, República Tcheca, Espanha e Austrália.

Já os franceses, depois de vencer os EUA, derrotaram República Tcheca, Irã, Itália e, na semifinal, Eslovênia, com vitória apertada por 90 a 89.

Na equipe francesa, há outros três jogadores atuam pela NBA: Frank Ntilikina (New York Knicks), Timothé Luwawu-Cabarrot (Brooklyn Nets) e Nicolas Batum (Los Angeles Clippers).

Quando a NBA desembarcou no time olímpico dos EUA, em Barcelona-1992, foi chamada de Dream Team (time dos sonhos) pela lendária composição com Larry Bird, Michael Jordan, Magic Johson e Charles Barkleys.

De lá para cá, nenhuma formação se comparou àquela de 29 anos atrás. A alcunha dos sonhos nem sempre é correspondida em quadra.

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