Premier League veta ida de jogadores ao Brasil por causa da pandemia

Para não desfalcar seus clubes, entidade causa problema para seleções sul-americanas

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São Paulo

A Premier League anunciou nesta terça-feira (24) que não vai liberar atletas da seleção brasileira para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo, em setembro.

“Os clubes decidiram, de forma relutante mas unânime, não liberar jogadores para as partidas internacionais disputadas em países da lista vermelha”, afirma o comunicado.

A “lista vermelha” foi criada pelo governo do Reino Unido para especificar os países em pior situação da pandemia (atualmente, são cerca de 60). Como o Brasil é um deles, o veto do futebol inglês afeta a convocação de Tite.

Roberto Firmino durante duelo contra o Equador
Roberto Firmino durante duelo contra o Equador - Nelson Almeida - 27.jun.2021/AFP

Procurada, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) disse que não vai se manifestar por enquanto.

A seleção brasileira tem três jogos marcados para setembro, pelas Eliminatórias. Contra a seleção chilena, no Chile (que também está na lista vermelha), às 22h (de Brasília) do próximo dia 2. Depois, pega a Argentina em São Paulo, às 16h do próximo dia 5 —jogo que inclusive terá público–, e o Peru na Arena Pernambuco, no dia 9, às 21h30.

A quarentena obrigatória de dez dias, exigida pelo governo britânico, desfalcaria os clubes em pelo menos duas partidas do Campeonato Inglês, uma da Copa da Inglaterra e uma dos torneios continentais, segundo a Premier League.

Antes do anúncio da liga inglesa, o Liverpool já havia firmado posição de não liberar Alison, Fabinho e Roberto Firmino para o Brasil.

Agora, Tite recebe a notícia de que não deve contar também com Thiago Silva (Chelsea), Richarlison (Everton), Raphinha (Leeds United), Ederson (Manchester City), Gabriel Jesus (Manchester City) e Fred (Manchester United).

Em tese, a Fifa obriga que os clubes liberem seus jogadores para datas oficiais (como as Eliminatórias). No entanto, com a pandemia, o Conselho de Ética da entidade criou exceções por razões sanitárias, como casos de quarentena no retorno de atletas.

Procurada pela reportagem para comentar o caso, a Fifa não respondeu até a publicação deste texto. No entanto, a entidade se movimenta nos bastidores para tentar resolver a questão.

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