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Veja histórias além da novela Djokovic para acompanhar no Australian Open

Primeiro Slam do ano promete equilíbrio e terá nomes como Nadal, Osaka, Barty e Medvedev

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São Paulo

Sem Novak Djokovic, deportado da Austrália após longa novela, o Australian Open começa nesta segunda-feira (17), noite de domingo no Brasil. O primeiro evento do Grand Slam em 2022 promete disputas acirradas nas chaves masculina e feminina.

O torneio volta ao mês de janeiro após ser adiado para fevereiro em 2021, como consequência da pandemia. Desta vez, com a exigência de vacinação, não houve imposição de quarentena aos participantes. Mas o aumento de casos de Covid-19 relacionados à variante ômicron fez com que o público nas arenas fosse limitado a 50%.

A primeira rodada será disputada a partir das 21h deste domingo (16), no horário de Brasília. Os canais ESPN transmitirão na TV fechada, e todos os jogos estarão disponíveis no Star+, plataforma paga de streaming da Disney.

Além de Djokovic, há outras ausências importantes confirmadas. Roger Federer e Serena Williams, ambos com 40 anos e em recuperação de lesões, serão desfalques. A duplista brasileira Luisa Stefani, que teve sua ascensão interrompida no ano passado e precisou passar por cirurgia no joelho direito, também está fora.

O Slam ainda assim reúne boas histórias e participantes em busca de grandes feitos. Veja no que ficar de olho:

Os favoritos na ausência de Djokovic

Sem o sérvio, o favoritismo passa para o russo Daniil Medvedev, 25, e o alemão Alexander Zverev, 24. Em caso de título, eles ainda poderão se aproximar de uma inédita liderança do ranking.

Segundo e terceiro colocados, respectivamente, os dois conquistaram três dos principais troféus em disputa no segundo semestre do ano passado. Zverev foi campeão olímpico e do ATP Finals, e Medvedev faturou seu primeiro título de Slam ao dominar Djokovic na final do US Open.

O retrospecto dos confrontos está empatado em 6 a 6. O russo vinha de cinco vitórias consecutivas, desde 2020, até ser derrotado pelo alemão na decisão do ATP Finals.

Zverev ainda busca o seu primeiro troféu de Slam, assim como o grego Stefanos Tsitsipas, 23, que tenta recuperar a boa forma do primeiro semestre de 2021 após uma segunda metade de ano marcada por desgaste e lesão no cotovelo direito.

Nadal põe recuperação à prova e pode estabelecer novo recorde

Novak Djokovic não poderá brigar pelo recorde masculino de 21 troféus de Slam, mas Rafael Nadal, que também possui 20 e está devidamente vacinado, terá essa oportunidade.

Depois de jogar apenas um torneio no segundo semestre, Nadal, 35, voltou às quadras com título há uma semana, no ATP 250 de Melbourne.

"Vindo de onde vim, é muito especial. É um começo muito positivo porque atravessei momentos delicados, com muitas dúvidas se poderia voltar a competir", afirmou.

Rafael Nadal caminha em quadra com a raquete na mão
Rafael Nadal chega ao Australian Open embalado por título em Melbourne - Martin Keep - 13.jan.22/AFP

A temporada de 2021 do espanhol foi marcada por dores, a principal delas uma lesão crônica no pé que o fez se afastar para um tratamento mais longo com o objetivo de prolongar a carreira. Ele ainda sofreu uma rara derrota em Roland Garros, para Djokovic, nas semifinais.

Nadal deve chegar com grande apetite em Melbourne e não pode ser descartado, mas o torneio australiano sempre foi o Slam em que ele teve mais dificuldade para triunfar mesmo nos melhores dias. É o único dos quatro grandes eventos que venceu apenas uma vez, em 2009. Também fez final em 2012, 2014, 2017 e 2019.

Outro ex-número 1 do mundo na luta por novos momentos de glória no circuito é Andy Murray, 34, que vem de vice-campeonato em Sydney. No ano passado, o britânico perdeu o Australian Open por ter contraído Covid-19 pouco antes do evento.

Osaka retorna em busca de novos troféus

Com quatro títulos de Grand Slam na carreira, dois em Melbourne e dois em Nova York, Naomi Osaka, 24, sempre chega à Austrália bem cotada para vencer. Foi o que ela conseguiu no ano passado, com uma campanha na qual perdeu apenas um set e sobreviveu após salvar dois match points diante de Garbiñe Muguruza nas oitavas.

O restante de sua temporada foi marcado por emoções e turbulências. Foi escolhida para acender a chama olímpica em Tóquio, mas teve um desempenho ruim em quadra nos Jogos em casa. Também pautou discussões importantes ao se recusar a dar entrevistas coletivas em Roland Garros e revelar um quadro de depressão.

Naomi Osaka comemora erguendo a raquete
Naomi Osaka voltou com três vitórias, mas abandonou torneio em Melbourne para se poupar - Mike Frey - 7.jan.22/AFP

Depois de ser eliminada precocemente no US Open, ela disse que precisaria dar um tempo na carreira e não sabia quando voltaria a jogar. Retornou às quadras num torneio preparatório em Melbourne há uma semana e venceu três partidas, mas se retirou antes das semifinais para se preservar fisicamente após sentir uma lesão abdominal.

Para triunfar pela terceira vez no Slam australiano, será mesmo necessário estar bem, pois a japonesa caiu em uma chave complicada. Poderá enfrentar a suíça campeã olímpica Belinda Bencic, na terceira rodada, e a número 1 do mundo, a australiana Ashleigh Barty, em um antecipadamente aguardado duelo de oitavas de final.

Há curiosidade sobre o desempenho da britânica Emma Raducanu, 19, surpreendente vencedora do último US Open após sair do qualificatório, que até agora não voltou a mostrar o tênis que a consagrou.

Bia Haddad de volta a um Grand Slam

Após uma temporada de considerável evolução em 2021, Bia Haddad Maia, 25, voltou ao top 100 do ranking feminino de simples e estará de volta na chave principal de um Slam pela primeira vez desde Wimbledon-2019.

A paulista cumpriu uma suspensão por doping depois disso e teve que escalar todo o ranking novamente.

Em outubro, conseguiu a vitória mais expressiva da carreira ao superar a tcheca Karolina Pliskova, então número 3. "Hoje me sinto mais preparada, tenho um físico muito melhor. Eu me sinto mais viva e consciente na quadra", disse à Folha na ocasião.

Neste sábado, ela conquistou o WTA 500 de Sydney em duplas, com a cazaque Anna Danilina.

Número 88 do ranking de simples, Bia enfrentará na estreia a americana Katie Volynets (178ª), vinda do qualificatório. Se passar, poderá ter pela frente na segunda rodada a romena Simona Halep, que começou o ano com seu primeiro título desde setembro de 2020 e está bem cotada para voltar a fazer campanha longa em um Slam.

O outro representante do Brasil nas chaves de simples é Thiago Monteiro, 27. O cearense, 83º colocado do ranking, terá pela frente um confronto duro de estreia contra o francês Benoit Paire, 47º.

Nas duplas, o país terá Marcelo Melo com o croata Ivan Dodig, Bruno Soares ao lado do britânico Jamie Murray e a parceria 100% nacional de Felipe Meligeni e Rafael Matos, que fará sua estreia em um Slam.

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