Santos vive déjà vu e tenta evitar rebaixamento histórico no Paulista

Clube precisa pontuar para não depender de resultados por permanência na elite estadual

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Santos

​Há clara sensação de déjà vu para o torcedor do Santos na última rodada do Campeonato Paulista. A equipe entra em campo neste sábado (19), às 16h, na Vila Belmiro, contra o Água Santa, dependendo somente das próprias pernas para assegurar permanência na elite estadual. O roteiro dramático é quase o mesmo de 2021.

No último ano, a missão santista era ao menos empatar com o São Bento, também em casa, na derradeira rodada da primeira fase, para não ser ultrapassado pelo próprio clube de Sorocaba na tabela de classificação.

O time venceu por 2 a 0, com gols marcados por Kaio Jorge, hoje na Juventus, e Lucas Braga, remanescente e provável titular neste sábado, e evitou o vexame.

Técnico Fabián Bustos comanda treino do Santos
Técnico Fabián Bustos comanda treino do Santos - Ivan Storti - 18.mar.22/Santos FC

Chama a atenção o fato de que, na ocasião, o time também ocupava a mesma antepenúltima colocação geral entre os 16 clubes da competição, só que com um ponto a mais: agora soma 11.

A situação é preocupante, porém mais favorável ao clube do que a seus adversários. O Santos está três pontos à frente da Ponte Preta, primeiro na zona da degola. O Novorizontino, que somou apenas três pontos, é o único matematicamente rebaixado à Série A-2.

Em caso de empate na Vila, a Ponte não conseguirá alcançar o Santos. Aí, caberá ao time campineiro tentar ultrapassar a Ferroviária (13º lugar), que tem a mesma pontuação do Santos. O Água Santa (12º) não está livre matematicamente, mas tem vantagem de dez gols sobre a Ponte no saldo, o que, na prática, já o deixa sem risco real.

A sina de lutar contra rebaixamentos tem preocupado os santistas. Esta é a sétima batalha travada contra um descenso só no atual século. O fato ocorreu em 2008, 2009, 2015, 2018 e 2021, entre edições do Paulista e do Brasileiro.

Se está fresca na memória dos santistas a permanência confirmada matematicamente na penúltima rodada do último Campeonato Brasileiro, sob o comando de Fábio Carille, também é inesquecível o gol salvador marcado pelo meio-campista equatoriano Michael Jackson Quiñonez, em 2008, diante do Internacional.

O Santos venceu por 2 a 0 com gol do jogador –o segundo em sua curta passagem pela Vila Belmiro– com finalização que tinha a lateral do campo como direção, mas que teve seu rumo alterado por um desvio improvável no lateral Gustavo Nery.

Em 2009, mesmo com Neymar e Ganso, a equipe sofreu para confirmar a permanência. O mesmo filme foi visto em 2015 e 2018, até as chegadas dos técnicos Dorival Júnior e Cuca. Desta vez, caberá ao argentino Fabián Bustos, que ainda não venceu nas duas partidas que disputou, a missão salvadora.

"Essa equipe vinha com deficit enorme porque, a cada vez que sofria um gol, caía emocionalmente e era muito complicado levantar. Esta parte nós trabalhamos e melhoramos", disse Bustos.

"O dilema entre classificar e ter mais temos para trabalhar é muito ruim", completou o treinador, lembrando que a equipe ainda luta por uma das vagas para as quartas de final. Para isso, precisa vencer e contar com um tropeço do Santo André, em casa, diante da Inter de Limeira.

Bustos não poderá contar com o atacante Ângelo, que sofreu uma lesão no músculo bíceps femoral da coxa direita. Lucas Braga, já titular contra a Ferroviária, deve ser mantido na função.

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