Com uma vitória sobre o Japão por 3 a 1 nos pênaltis, depois de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a Croácia e avançou para as quartas de final da Copa do Qatar.
Os croatas, atuais vice-campeões do mundo, duelarão na sexta-feira (9) contra o Brasil, que goleou por 4 a 1 a Coreia do Sul, para tentar ir às semifinais.
O triunfo no mata-mata de oitavas manteve a série de resultados positivos da Croácia em Copas em jogos decididos depois do tempo normal (90 minutos mais acréscimos) e do tempo extra (30 minutos mais acréscimos).
No Mundial russo, os croatas eliminaram Dinamarca (oitavas de final) e Rússia (quartas de final) nos pênaltis e a Inglaterra (semifinal) na prorrogação.
A Croácia interrompeu uma campanha japonesa surpreendente, com vitórias na fase de grupos sobre os campeões mundiais Alemanha e Espanha, as duas vezes de virada, por 2 a 1.
A eliminação mantém a escrita japonesa de jamais passar do primeiro mata-mata de Mundial. Foi a quarta queda nas oitavas de final, como ocorrera em 2002, 2010 e 2018.
Foi também a segunda Copa em que o Japão caiu nos pênaltis nas oitavas de final. Na África do Sul, 12 anos atrás, o Paraguai venceu.
Na partida no estádio Al Janoub, em Al Wakrah, os japoneses acharam um gol em um primeiro tempo de futebol ruim, com pouca criatividade. Doan cruzou na área, o capitão Yoshida ajeitou e o atacante Maeda concluiu, aos 43min.
O empate da Croácia veio em um segundo tempo bem mais movimentado, e foi pelo alto –historicamente a seleção japonesa tem fama de não ser boa no jogo aéreo.
Aos 10min, o zagueiro Lovren cruzou de longe e Perisic subiu com estilo para testar firme no canto do goleiro Gonda.
Foi o sexto gol do atacante, que usa a camisa 4 (usualmente vestida por zagueiro), em Copas do Mundo, o primeiro neste Mundial. Perisic marcara dois em 2014, no Mundial no Brasil, e três em 2018, no da Rússia, incluindo um na final contra a França.
O jogador do Tottenham chegou a 33 gols pela Croácia e se igualou a Mandzukic como o segundo com mais gols na história da seleção. Estão atrás de Davor Suker (45), que defendeu a equipe de 1991 a 2002.
A prorrogação, equilibrada, mostrou uma Croácia cansada e trocando jogadores –saiu inclusive o capitão, Modric, eleito o melhor jogador da Copa de 2018– e o Japão com fôlego e acreditando na correria.
A melhor chance foi de Mitoma, que arrancou desde a defesa e finalizou da entrada da área para boa defesa de Livakovic.
Ninguém, contudo, conseguiu balançar de novo as redes, e nas penalidades máximas o goleiro croata fez a diferença. Defendeu as cobranças de Minamino, Mitoma e Yoshida –Asano converteu.
Pela seleção europeia, acertaram seus pênaltis Vlasic, Brozovic e Pasalic –Livaja mandou na trave.
Graças a Deus terminou tudo bem. É uma sensação extraordinária, o maior momento da minha carreira
"Os pênaltis são uma mistura de sorte e treino", disse depois o técnico Hajime Moriyasu, que destacou a atuação de sua equipe ("jogaram 120 minutos com valentia") e a do camisa 1 croata na disputa que resultou na eliminação japonesa. "Ele foi genial."
Já o técnico Zlatko Dalic enalteceu a garra e o espírito de luta de seus comandados depois de começarem perdendo.
"Nunca subestime um croata. Os jogadores não desistiram, refletindo o espírito do povo croata. Continuaremos lutando por nosso sonho no Mundial", declarou, em tom nacionalista.
Com informações da AFP
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