Apontado pelo jornal norte-americano The New York Times por não comentar o impacto do Mundial de futebol disputado no Qatar, enquanto é um dos embaixadores pagos do emirado, David Beckham afirmou este sábado (17) por meio de um porta-voz que "o esporte tem o poder de ser uma força para o bem do mundo."
Num artigo publicado na sexta-feira (16) intitulado "O orador que faltava no Mundial", o jornal indicou que as autoridades do Qatar ficaram desiludidas com o silêncio do ex-craque inglês do Real Madrid e do Manchester United, uma vez que ele está sendo pago por ser um dos embaixadores da Copa do Mundo.
Segundo o New York Times, Beckham teria exigido condições muito rígidas para suas intervenções públicas e parece se esquivar de questionamentos sobre certas questões, como as leis do Qatar que proíbem a homossexualidade.
Em resposta a esse artigo, seu porta-voz divulgou um comunicado afirmando que "David esteve envolvido em várias Copas do Mundo e outros torneios internacionais, tanto como jogador quanto como embaixador, e sempre acreditou que o esporte tem o poder de ser uma força para o bem no mundo".
"Entendemos que existem opiniões diferentes e profundamente enraizadas sobre a organização (da Copa do Mundo) no Oriente Médio, mas consideramos positivo que o debate sobre essas questões-chave tenha sido estimulado pela primeira Copa do Mundo organizada na região", acrescentou a mesma fonte.
"Esperamos que essas conversas levem a uma maior compreensão e empatia entre todos e que o progresso seja alcançado", finalizou o comunicado.
David Beckham, de 47 anos, teria recebido, segundo alguns meios de comunicação, US$ 180 milhões (R$ 950 milhões) em um período de dez anos para promover o Qatar, embora outros meios falem de uma soma de US$ 15 milhões (R$ 79 milhões) por ano em três anos.
Beckham disputou as Copas do Mundo de 1998, 2002 e 2006 com a Inglaterra.
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