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Neymar não abre mão de "rolês" e faz tratamento de lesão durante cruzeiro

Atacante do Al Hilal deve voltar aos gramados apenas em agosto de 2024

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São Paulo

Em meio ao processo de recuperação da grave lesão no joelho esquerdo que deve adiar sua volta aos gramados até agosto de 2024, o astro da seleção brasileira Neymar, 31, ataca em outras frentes.

Começou na terça-feira (26) o cruzeiro "Ney em alto mar", passeio marítimo com três dias de duração e repleto de shows de artistas como Péricles, Belo, Guimê e Orochi. Há ainda atrações como cinema 4D, cassino, academia, restaurantes, pista de boliche e simulador de carros de Fórmula 1, além, claro, da presença do atleta do Al Hilal.

Os preços para garantir um lugar nas cabines da embarcação MSC Preziosa começavam a partir de aproximadamente R$ 5.000, mas podendo chegar até cerca de R$ 30 mil. Segundo os organizadores, os cerca de 4,3 mil ingressos colocados à venda foram esgotados pelos aficionados, com um faturamento estimado acima de R$ 20 milhões. O embarque e desembarque acontecem em Santos, com uma parada em Búzios, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

Mc Ryan e Neymar no cruzeiro "Ney em alto mar" - @_imcryansp._ no Instagram

Publicações nas redes sociais mostraram que o jogador embarcou no cruzeiro apoiado em uma muleta no braço direito, mas sem a necessidade de apoio para os dois braços, como até algumas semanas atrás.

Neymar sofreu o rompimento do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo em outubro, durante a derrota da seleção brasileira por 2 a 0 contra o Uruguai pelas Eliminatórias para a Copa de 2026.

Segundo o médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, responsável pela cirurgia para restaurar a região lesionada do atacante, a previsão é que Neymar esteja apto a voltar a disputar uma partida apenas em agosto de 2024.

Com isso, o Brasil vai precisar disputar a Copa América, que começa em 20 de junho, nos Estados Unidos, sem o seu principal jogador.

Pelas redes sociais, Neymar mostrou que segue com o tratamento para a lesão no joelho mesmo durante o cruzeiro. Ele fez uma publicação no Instagram na terça-feira deitado em uma cama já dentro do navio com a perna esquerda envolta em um aparelho para acelerar a recuperação da lesão, com a legenda: "Tratamento no rolê, vale?".

Anunciado no dia 15 de agosto pelo saudita Al Hilal, que pagou cerca de 90 milhões de euros (R$ 484 milhões) ao PSG (Paris Saint-Germain) pela transferência, Neymar estreou pelo novo time apenas um mês depois, em 15 de setembro, devido a lesões musculares e compromissos com a seleção brasileira.

Pelo Al Hilal, o brasileiro, que tem um salário estimado em 160 milhões de euros (R$ 860 milhões) por ano, disputou apenas cinco partidas antes de sofrer a lesão no Estádio Centenário, em Montevidéu. O jogador tem sofrido com um longo histórico de lesões nos últimos anos e já soma 17 problemas mais sérios que o tiraram de ação desde 2014.

A ausência de Neymar pode dificultar ainda mais a recuperação buscada pela seleção brasileira em 2024. A partida contra o Uruguai representou a primeira derrota de uma série até então inédita de três em sequência da formação nacional em jogos classificatórios para o Mundial.

Em meio à crise institucional que atinge a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que teve o presidente Ednaldo Rodrigues recentemente afastado do cargo por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, a seleção entra no próximo ano com dúvidas sobre quando poderá contar novamente com Neymar, bem como sobre quem será o treinador à beira do campo.

A princípio, após a passagem do também interino Ramon Menezes, Fernando Diniz chegou em julho como técnico tampão, com contrato de um ano, até a chegada do italiano Carlo Ancelotti, desejo de consumo da CBF, hoje no Real Madrid.

Segundo a imprensa espanhola, contudo, o clube madrileno avalia propor uma renovação de contrato para o técnico, que até agora não confirmou se segue na Europa ou se vem para o Brasil.

Caso Ancelotti seja seduzido pela proposta do clube espanhol, ainda não há uma definição por parte da CBF, que está sendo presidida interinamente por José Perdiz, presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol), se vai em busca de outro nome, no Brasil ou no exterior, ou se opta pela permanência de Diniz.

Se a opção for pela permanência do técnico campeão da Copa Libertadores pelo Fluminense, ele terá de lidar com a desconfiança dos torcedores devido ao retrospectivo negativo acumulado à frente da seleção em 2023. E sem Neymar, pelo menos até a segunda metade do ano.

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