Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Na despedida da seleção, Marta diz que ajudará a nova geração fora de campo

Em sua sexta participação olímpica, camisa 10 conquistou sua terceira medalha, todas de prata

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Paris

Emocionada após a conquista de sua terceira medalha de prata olímpica, a atacante Marta, 38, se despediu da seleção brasileira neste sábado (10), no Parque dos Príncipes, em Paris (FRA), prometendo acompanhar e perto a nova geração do futebol nacional.

Ela afirma que não estará mais em campo, mas garantiu que ajudará de outra forma o desenvolvimento do futebol feminino brasileiro, mesmo que seja como torcedora.

"Essas meninas têm muito mais a oferecer. Não estarei com elas em campo, mas estarei de outra forma, acompanhando, dando meu suporte. Enfim, torcendo como fiz aqui [em Paris] quando suspensa. Que a gente comece a acreditar mais no futebol feminino", discursou.

Uma jogadora de futebol, vestindo uma camisa amarela com detalhes verdes e um número 10, levanta o punho em sinal de celebração. Ela está sorrindo e parece estar muito animada. Ao fundo, outras jogadoras da equipe também estão presentes, algumas aplaudindo e outras em diferentes posturas, em um campo de futebol com uma multidão ao fundo.
Marta vibra com a torcida após a confirmação da medalha de prata em sua última partida com a camisa da seleção brasileira - Franck Fife/AFP

Além de exaltar o orgulho por ter conquistado mais uma medalha após 16 anos, ela deixou claro que a confiança no técnico Arthur Elias foi fundamental para o resultado final.

"Acredito que se não tivesse dado a devida confiança no trabalho do professor Arthur não teríamos chegado aqui, porque ele fazia coisas um pouco fora do comum, mas que tem de ser diferente. Ele veio com essa mentalidade, colocou o trabalho dia após dia e as meninas entraram com muita dedicação."

Marta também aproveitou para desabafar contra os críticos.

"Tem muita gente que não assiste ao futebol feminino, mas quando a gente perde é o primeiro a comentar. É o primeiro a ir lá e falar. Quem curte futebol feminino, quem se preocupa?", indaga, fazendo em seguida uma dedicatória aos apoiadores.

"Deixo aqui a minha mensagem: essa medalha e todas as outras que a gente ganhou em Olimpíadas, enfim, todos os títulos que a gente ganhou, seja individual ou coletivo no futebol feminino, são para aquelas pessoas que sempre acreditaram desde o primeiro momento. E que muitas delas já estavam na arquibancada aqui nos dando esse apoio: família, amigos. Para essas pessoas a gente deve isso aqui, e eu compartilho a gratidão com elas. Para essas outras que se aproveitam do momento e falam muita merda, desculpa!, a gente não deve nada, a vida é que segue."

Uma mulher vestindo uma camisa amarela com detalhes verdes e azuis está abraçando um homem que usa uma camiseta bege e calças cinzas. Eles estão em um campo de futebol, com grama verde ao fundo e uma linha branca visível no chão.
O abraço de Marta com o técnico Arthur Elias após a final no estádio Parque dos Príncipes: muita emoção na despedida da rainha - Benoit Tessier/Reuters

Após conversar e dar um abraço demorado na camisa 10 na saída de campo, o comandante Arthur Elias falou com a imprensa e demonstrou estar orgulhoso pelo desempenho de sua equipe, mas, principalmente, por ter trabalhado com Marta.

"O sentimento de orgulho é o que está dentro de mim. E, falando dela [Marta], um orgulho incrível, imenso, de eu ter esse privilégio de trabalhar com alguém que é a melhor da história no que faz. É muito aprendizado para todos, a postura dela, a entrega dela, a união que ela tem com todos os atletas, com a comissão, relação de confiança que eu construí com ela."

Perguntado sobre a aposentadoria de Marta, Elias disse que a decisão é somente dela, mas que ele não quer pensar nisso agora. "A gente não sabe. Independentemente de quando vai ser a despedida da Marta, ela vai ficar sempre marcada na história do futebol e do esporte mundial. A gente precisa valorizar a pessoa e a atleta que ela é. E o brasileiro tem muito orgulho dessa seleção e da nossa camisa 10, a rainha", disse o treinador, lembrando da intensidade do seu trabalho nos últimos 40 dias na preparação olímpica.

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