Foi por muito pouco que os Estados Unidos não viram a China terminar as Olimpíadas de Paris à frente no total de medalhas de ouro conquistadas. O empate com 40 ouros veio na decisão do último pódio antes do encerramento no domingo (11), quando a seleção feminina de basquete americana venceu as donas da casa com apenas um ponto de diferença.
É a segunda edição seguida dos Jogos em que a China ameaça a hegemonia dos Estados Unidos e encosta no placar de ouros. Em Tóquio-2020, foram 39 medalhas douradas para os americanos, ante 38 para os chineses.
Os dois países aumentaram ainda mais a distância para o terceiro colocado, o Japão. No ano em que foi sede dos jogos, o país conquistou 27 medalhas de ouro, 11 a menos que a China. Já em Paris, os vinte ouros do Japão são metade do total conquistado por Estados Unidos e China.
O banimento da Rússia nos Jogos de 2024, em punição pela invasão à Ucrânia, também mexeu com os primeiros colocados no ranking em relação à edição anterior. Em Tóquio, a Rússia conquistou o 5º lugar com 20 ouros, posição ocupada nesta edição pela França com 16.
O número total de países que ganharam ao menos uma medalha de ouro, 63, foi menor do que o registrado em Tóquio, 65. Mas nomes novos entraram para a lista: Santa Lúcia e Dominica, ambas localizadas no Caribe, ganharam uma medalha de ouro cada pela primeira vez na história.
Já o Brasil piorou seu desempenho em relação às duas edições anteriores. Os ouros de Bia Souza, Rebeca Andrade e da dupla Ana Patrícia e Duda não ultrapassaram os sete conquistados em Tóquio-2020 e Rio-2016. O resultado de ouros de Paris se iguala a Londres-1012, Pequim-2008 e Atlanta-1996.
Quando considerada toda a trajetória desde o início dos Jogos de Verão, em 1986, os Estados Unidos ainda lideram com folga a corrida pelo ouro. São 1.110 medalhas de primeiro lugar, 715 a mais do que o segundo colocado, a extinta União Soviética. Se somados, os ouros de URSS e Rússia (543) não chegam à metade dos ouros americanos.
Hoje principal concorrente dos Estados Unidos, a China começou a competir apenas em 1952. Selou o papel de gigante olímpico ao sediar as Olimpíadas em Pequim, em 2008, quando liderou a conquista de ouros (48), na frente dos Estados Unidos (36).
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