Uma plataforma pretende conectar educadores a conteúdos de impacto social que possam ser aplicados em sala de aula. Com a proposta de torná-los líderes transformadores, o site Inteligência Social será lançado nesta quarta-feira (11), às 19h, em canal no YouTube.
Criado por Luciana Quintão, empreendedora social à frente da ONG Banco de Alimentos e da iniciativa Brasil sem Fome, a plataforma traz informações sobre reciclagem, alimentação saudável, consumo consciente, desigualdade social, pobreza, entre outros assuntos que podem ser abordados na escola.
"Há 24 anos, decidi regar a ONG Banco de Alimentos para combater a fome e o desperdício de alimentos no país. Mas acredito que existam várias fomes, não só de comida, mas de moradia, educação, saúde, transporte, justiça social, ética, ar puro, paz e fome de futuro", afirma Luciana Quintão.
"Minha meta agora é concretizar o sonho de trazer os princípios da inteligência social para a educação, como maneira de ajudar a desenvolver cidadãos com capacidade de reflexão para chegar a soluções."
A ideia foi desenvolvida considerando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com foco inicial no Fundamental II e no Ensino Médio. Para contemplar o material de apoio oferecido, uma nova matéria é sugerida à grade curricular: Habilidades Sociais.
Na cartilha de Matemática para o Ensino Médio, por exemplo, a sugestão é de montagem de gráficos sobre insegurança alimentar que identifiquem o percentual de pessoas com fome no país; outro analisa a carga tributária brasileira e se realmente os impostos se traduzem em benefícios para a sociedade.
A iniciativa nasceu com o livro "Inteligência Social – A Perspectiva de um Mundo sem Fome(s)" (Dialogica Editora, 262 págs), lançado pela empreendedora em 2019. A obra reforça que as pessoas são responsáveis pela realidade à sua volta e que podem exercer essa responsabilidade para o bem.
"Desde o início, a ONG Banco de Alimentos já promovia educação em suas ações, via nutrição, aproveitamento integral dos alimentos e outras frentes. A escola é elemento transformador para que crianças e jovens sejam responsáveis por fazer diferente e acelerar a construção de um mundo melhor", diz Luciana Quintão.
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