Doare inicia expansão para atender EUA e América Latina

Plataforma de captação de doações participa de programa de imersão para implementar operação na Flórida

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São Paulo (SP)

A Doare, plataforma de captação de doações para causas socioambientais, deu início ao seu processo de internacionalização.

A socialtech prepara uma operação em Miami, que deverá atender clientes nos Estados Unidos, México e, posteriormente, outros países na América Latina.

"Nós já somos líderes no nosso segmento no Brasil e a ideia é consolidar a empresa como referência na América como um todo", diz Felipe Antunes, Co-fundador e COO da Doare, que ficará responsável pela operação da empresa no exterior.

Em local aberto, com muitas árvores e assombreado, dois homens posam para a foto. São dois homens brancos, de cabelos pretos. Ambos usam roupas casuais, como camiseta e calças cáqui. Ambos sorriem para a foto.
Os fundadores da Doare, Felipe Antunes e Ruy Fortini, falam sobre expansão internacional da socialtech - Divulgação

Felipe explica que, com a unidade na Flórida, clientes como Gerando Falcões, G10 Favelas e Médicos Sem Fronteiras, poderão captar doações para seus projetos no exterior em diversas moedas.

Doações curam feridas sociais

Felipe Antunes

Cofundador e COO da Doare

Atualmente, doações recebidas por esses clientes e que são direcionadas a projetos no exterior têm de ser sacadas no Brasil. Com o novo escritório, os negócios sociais poderão receber e aplicar esses recursos localmente.

A chegada ao mercado norte-americano e latino deve ocorrer de forma escalonada. No momento, a Doare participa de um programa de imersão em Miami que deve terminar com uma rodada de investimentos.

A ideia principal é expandir o contato com fornecedores e clientes locais, além de acelerar a instalação da nova filial.

"Essa imersão abre portas para a nossa expansão internacional, consolidando a base em Miami para levar nossa expertise para organizações filantrópicas das Américas como um todo", diz Ruy Fortini , CEO da plataforma.

O programa de imersão é oferecido pela Mana Tech e tem duração de três semanas. Nele os empreendedores têm mentorias sobre temas como reposicionamento de marca. Algo que está no radar da Doare.

"Não descartamos a possibilidade de ter um novo nome para operar nos Estados Unidos. Talvez a gente crie um produto cujo nome será a principal marca. Tudo está sendo estudado", diz Felipe.

Ainda de acordo com o co-fundador, a expansão deve potencializar as ações socioambientais executadas por ONGs e negócios sociais que contratam a doare.

"Nosso propósito tem a ver com o fato de que doações curam feridas sociais porque esses empreendedores podem transformar vidas e apoiar também causas animais e ambientais", emenda.

A Doare deve operar em uma seara ainda pouco explorada por seus concorrentes norte-americanos. Segundo Felipe, essas empresas processam grandes volumes de doações, porém atuam principalmente nos Estados Unidos. "Temos uma capilaridade que eles não têm."

Os produtos já oferecidos no Brasil, como a criação de páginas de embaixadores para maximizar a captação de doações, também devem chegar aos novos territórios.

Na pandemia, a ONG Gerando Falcões captou R$ 70 milhões em doações por meio desta ferramenta.

Além disso, a empresa também já prevê novas soluções para enfrentar os concorrentes locais e dar suporte aos atuais clientes. "Queremos crescer e queremos que nossos parceiros cresçam junto", completa Felipe.

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