Nas cidades do Brasil, apesar da oferta e variedade de alimentos disponíveis para consumo em restaurantes, padarias e prateleiras de mercados, mais da metade dos brasileiros (57,8%) vivem com algum grau de insegurança alimentar.
São mais de 105 milhões de pessoas que ou reduzem a qualidade da alimentação, com medo de faltar comida (insegurança alimentar leve), ou diminuem também a quantidade de alimentos ingeridos porque não há suficiente (insegurança alimentar moderada), ou ainda passam fome (insegurança alimentar grave).
A fome acomete 27 milhões de pessoas nos centros urbanos brasileiros, segundo dados da pesquisa da Rede Penssan (Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
A fome urbana contrasta com o desperdício de alimentos no Brasil, que coloca o país na décima posição entre aqueles que mais desperdiçam comida, gerando perdas de cerca de 30% da produção de alimentos no país.
Nesta quarta-feira (29), a Folha discute desse paradoxo entre fome urbana e desperdício de alimentos em uma live que reúne a nutricionista Aline Oliveira, coordenadora do programa Mesa Brasil no Sesc Itaquera, o empreendedor social Aziz Camali Constantino, criador do Orgânico Solidário, e Sergio Gusmão Suchodolski, ex-presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e vice-presidente da VR Investimentos.
A live será transmitida pela TV Folha na quarta, às 15h30, e abordará as causas da fome urbana e algumas possíveis soluções para o problema, com mediação de Fernanda Mena, repórter especial da Folha.
A live faz parte do projeto "Fome de quê? Soluções que inspiram", a atual Causa do Ano da Folha Social+. A iniciativa, que traz a temática da insegurança alimentar para todas as plataformas do jornal, conta com o apoio da VR e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
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