O Prêmio Merula Steagall, promovido pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, selecionará pessoas e organizações com projetos de atenção e cuidados a pacientes com câncer.
Focado em inovação, o concurso reconhecerá seis finalistas que estejam proporcionando avanços na área de oncologia no Brasil. Ao final, serão escolhidos três vencedores.
Aquele que tiver o projeto melhor avaliado pelo júri receberá R$ 10 mil, além de ser convidado para apresentar um painel no 12° Congresso Todos Juntos Contra o Câncer, no próximo ano.
É possível se inscrever e consultar o regulamento da premiação neste site.
Os finalistas serão anunciados em 23 de agosto e a cerimônia de premiação ocorrerá durante o 11º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer, em setembro.
"Vamos reconhecer iniciativas que buscam resolver os principais desafios de prevenção, diagnóstico, tratamento e humanização do cuidado de pacientes que enfrentam a jornada de combate ou de prevenção ao câncer no Brasil", diz Catherine Moura, médica sanitarista e diretora-executiva da Abrale.
Iniciativas serão avaliadas a partir de critérios como resultados, inovação, parcerias e potencial de replicabilidade. Receberão até 5 pontos adicionais propostas voltadas para populações ou grupos vulneráveis e projetos que tenham comprovadamente gerado transformação no território em que atuam.
O público-alvo do concurso são profissionais da saúde, organizações públicas, privadas ou ONGs, ativistas e pacientes engajados com a causa. Exige-se que os projetos tenham sido executados até 2023, em território nacional.
O prêmio, que teve sua primeira edição no ano passado, homenageia Merula Stegall, empresária e fundadora da Abrale e do Todos Juntos Contra o Câncer.
Diagnosticada aos três anos de idade com talassemia, tipo de anemia grave e hereditária, Merula contrariou o diagnóstico de médicos, que disseram a seus pais que ela não viveria além dos cinco anos.
Em 2002, mobilizou um grupo de pacientes com câncer hematológico e fundou a Abrale, que presidiu até 2022, quando faleceu, aos 56 anos. A organização busca garantir melhor assistência médica e qualidade de vida aos pacientes.
Devido ao trabalho à frente da Abrale, Merula venceu o Prêmio Empreendedor Social em 2013, passando a integrar a Rede Schwab, comunidade de inovadores sociais ligados ao Fórum Econômico Mundial. Ela também presidiu a Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia) por mais de uma década.
"Merula deixou a certeza de que, se unirmos esforços e contribuirmos como sociedade, nós podemos, sim, implementar melhorias na atenção oncológica para promover equidade e igualdade de oportunidade a todos os pacientes e médicos que enfrentam o câncer", afirma Catherine Moura.
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