A Fundação Grupo Volkswagen (FGVW) anuncia a mobilidade social como causa prioritária de atuação, com o objetivo de promover maior equidade no Brasil por meio do incentivo à empregabilidade e ao empreendedorismo.
A revisão de estratégia é resultado de um processo de diagnóstico socioterritorial que a instituição realizou no último ano, a fim de identificar particularidades e demandas dos municípios onde está presente. Foram ouvidos membros da sociedade civil, organizações sociais, poder público e empresas.
Com base no diagnóstico, a FGVW elegeu três territórios prioritários de atuação: a região do Montanhão, em São Bernardo do Campo (SP); a Favela Alba, no bairro do Jabaquara, em São Paulo (SP); a região das Barras, em Resende (RJ).
Nesses locais, a fundação investirá em iniciativas de capacitação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, principalmente mulheres e jovens negros, para que possam gerar renda e alcançar a autonomia financeira.
Projetos especiais continuarão sendo desenvolvidos nos demais municípios com unidades de negócio e plantas do Grupo Volkswagen, nos estados de São Paulo, Paraná e Bahia.
Ao focar na mobilidade social como sua única causa, a fundação redefine seu portfólio de programas, descontinuando projetos de mobilidade urbana e educação básica que não se alinham à nova estratégia.
Os programas Costurando o Futuro, Carretas do Conhecimento e CO.DE School, voltados à inclusão produtiva, foram mantidos e estão sendo reformulados. Novas iniciativas estão sendo planejadas, incluindo ações de fortalecimento de Conselhos Municipais, como o Conselho da Criança e o Conselho do Idoso.
O anúncio do reposicionamento foi feito nesta segunda-feira (1º de julho) durante evento de comemoração dos 45 anos da Fundação Grupo Volkswagen, no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP).
A desigualdade de renda no Brasil foi um dos fatores que motivaram a escolha da causa da mobilidade social —termo que se refere ao processo em que indivíduos ou grupos mudam de posição social ou econômica.
Nos últimos anos, a renda das 15 mil pessoas no topo da pirâmide social no Brasil cresceu até três vezes mais rápido do que a do restante da população, praticamente dobrando (96%) entre 2017 e 2022.
Além de delimitar nova causa e territórios de atuação, a FGVW passa a incluir quatro mulheres em seu conselho de curadores, principal órgão de deliberação, para aumentar a igualdade de gênero.
O novo posicionamento e a reformulação do portfólio de programas e projetos da fundação estão alinhados com a Agenda 2030 da ONU.
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