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Internet vira balcão de empregos

Ao chegar aos Estados Unidos, uma notícia, em especial, me prendeu a atenção: estão faltando salva-vidas no país.

Essa inesperada carência levou cidades americanas a manter fechadas, nesta segunda-feira, feriado comemorativo aos soldados mortos, piscinas públicas.

Na busca de salva-vidas, clubes e prefeituras aumentaram a remuneração para, em média, R$ 30 reais a hora. Traduzindo, em um dia o bico rende, pelo menos, R$ 150.

Ser salva-vidas nas piscinas e praias nos feriados ou férias deixou de ser um bico ambicionado pelos jovens.

Uma razão é óbvia: a prosperidade da economia americana, que gerou baixo nível de desemprego. É um amargo contraste com o Brasil que, ano passado, criou um exército de 500 mil desempregados, segundo cálculo, divulgado nesta segunda-feira, pelo professor Márcio Pochmann, da Unicamp.

Nas áreas de alta tecnologia a demanda é tamanha que empresas fazem lobby (e estão conseguindo) abrir as fronteiras para profissionais do exterior, interessados em se mudar aos Estados Unidos.

Documentos têm mostrado que, nos EUA, nunca houve tanta abundância de empregos para jovens universitários; empresas de recursos humanos vão aos campi e disputam, corpo a corpo, candidatos.

Uma razão menos óbvia: a Internet. Como os jovens se apropriaram mais rapidamente dos recursos da era da informação, aprenderam, na frente, como usar e abusar dos procuradores de emprego.

Diante de uma tela, um indivíduo consegue dizer que tipo de emprego quer e, em poucos segundos, obter a resposta. Na prática, ele tem nas mãos uma gigantesca folha de classificados que abrange o país e o exterior.

Existem em funcionamento, há algum tempo, procuradores de empregos online que analisam todos os seus pedidos e saem pela rede vendo as ofertas de empresas, estejam onde estiverem. As empresas, por sua vez, cada vez mais consultam os bancos de currículos online ou pedem aos candidatos que enviem seus currículos por computador.

O que acontece com os jovens americanos é apenas mais um detalhe que mostram os dois lados da tecnologia - se, de um lado, ajuda quem a domina, afasta ainda mais quem não lida com seus códigos.

Quem, hoje, não souber como procurar empregos pela Internet tem uma boa chance de ficar ainda mais tempo desempregado.

Leia mais:
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