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Tim, o tráfico e a lei do mercado

A morte de Tim Lopes provocou uma comoção nacional, por lembrar, mais uma vez, como o crime organizado ganhou status de poder paralelo. O assassinato do jornalista mostrou cenas macabras do ritual desse poder: ele foi capturado, preso, julgado, condenado e executado ali mesmo. Segundo depoimentos, rasgaram o corpo do jornalista com uma espada de Samurai.

De olho na repercussão, a polícia promoveu uma gigantesca mobilização, prendeu rapidamente suspeitos, para acalmar a opinião pública _ especialmente agitada num ano eleitoral.

Surge, inevitavelmente, a discussão sobre como acabar com o poder dos traficantes. Todos sabem ( e têm facilidade de entender) quando se apontam como causa do poder dos traficantes a polícia e o abandono dos bairros mais pobres.

Mas o debate é carregado de tabus. A verdade é que existe uma lei de mercado implacável: existe oferta de drogas porque existe demanda. Enquanto não se diminuir o consumo não se diminui a venda.

Difícil saber se uma eventual legalização das drogas aumentaria o vício ( o que é uma possibilidade concreta) ou diminuiria o crime, há que a venda seria autorizada até em farmácias.

Falar em legalização agora é complicado. Mas o poder público deveria pelo menos orientar os centros de saúde a distribuir drogas aos viciados, ajudando-os a se libertar da dependência utilizando alternativas ( substituição de drogas, por exemplo) e tirando-os da delinqüência.

 
 
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