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reivindicação
23/10/2003
Força Sindical promete ir às ruas pedir nova tabela de IR

Depois de passar a terça-feira comandando um protesto nos gramados do Congresso contra a tabela atual do Imposto de Renda e articulando apoio político para corrigi-la, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, prometeu uma grande mobilização de rua em todo o País, já a partir de segunda-feira. Ele aposta que a causa tem apelo popular porque, hoje, os brasileiros trabalham 133 dias somente para pagar imposto.

"Teremos uma verdadeira guerra entre os trabalhadores e o governo, porque o presidente Lula está usando o mesmo argumento do Fernando Henrique para não mexer na tabela do IR", previu o presidente da Força, que pleiteia a vaga de candidato a prefeito de São Paulo pelo PDT. "E tem que ser uma grande guerra mesmo, porque todo governo gosta de meter a mão no bolso da gente, seja ele de direita ou de esquerda como o PT."

Paulinho bateu à porta do Supremo Tribunal Federal (STF) ontem mesmo. O objetivo é se armar para a batalha jurídica contra o governo, caso haja derrota no Congresso. "Nossa luta é aqui, no Congresso. Queremos deixar a Justiça como último recurso, mas já estamos fazendo consultas e pensando em uma liminar."

Antes de viajar para Salvador, para um encontro de magistrados de todo o Brasil, o presidente do STF, Maurício Corrêa, encarregou um assessor especial para atender e orientar os sindicalistas que devem voltar ao Supremo na próxima semana.

Andança - Em suas andanças pelo Congresso, os sindicalistas foram recebidos pelos presidentes da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e pelo relator da reforma tributária, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Em todas as conversas, Paulinho insistiu na correção anual da tabela que já acumula uma defasagem de 54% , de 1996 para cá, e frisou que a carga tributária tornou-se insustentável tanto para quem produz quanto para os trabalhadores.

Todos, inclusive o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), demonstraram boa vontade e prometeram levar o assunto a exame do governo e das bancadas. Mas não passou disso. Solidariedade, mesmo, Paulinho só obteve do PFL do deputado Pauderney Avelino (AM), autor de um projeto que propõe o reajuste, e do PSDB do relator da proposta do governo na Câmara, Antonio Cambraia (CE). Entre os governistas, apenas o senador Paulo Paim (PT-RS) antecipou seu voto favorável.

CHRISTIANE SAMARCO
De O Estado de S. Paulo

   
 
 
 

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