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24/04/2008 - 14h09

Paraguai entrou apenas com a água em Itaipu, diz Tolmasquim

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LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, voltou a criticar nesta quinta-feira a possibilidade de o Brasil aumentar o valor pago pela energia de Itaipu vendida pelo Paraguai. Tolmasquim disse que o reajuste não seria justo para o consumidor brasileiro e que, para o Paraguai, a construção de Itaipu foi um grande negócio.

"O Paraguai nesse processo entrou apenas com a água, com metade do rio. A usina foi construída com a alavancagem de recursos obtida pelo Brasil e com o know-how do Brasil. A metade do empreendimento equivale a algumas vezes o PIB do Paraguai, sendo que a contribuição dele para o processo foi o fato de estar na fronteira com o Brasil", afirmou.

De acordo com Tolmasquim, o Brasil poderia ajudar o Paraguai de outras formas, sem, para isso, onerar o consumidor de energia elétrica brasileiro.

"O consumidor brasileiro vem arcando com essa usina desde o início da construção. Foi o consumidor brasileiro que viabilizou a usina, não é justo nesse momento fazer com que ele pague a mais por algo que vem pagando há anos", completou.

Nesta semana, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, defendeu que a hidrelétrica nunca foi "problema" para o Paraguai, mas que sempre representou a resposta para o desenvolvimento econômico do país.

Samek disse que, desde o funcionamento da primeira turbina, nos anos 80, o Paraguai já recebeu US$ 4,4 bilhões em valores líquidos a título de compensações pela cessão da parte de sua energia ao Brasil e por royalties.

Entenda

Itaipu pertence ao dois países em partes iguais. Pelo contrato de 1973, cada um tem direito a 50% da energia produzida. Caso uma das partes não use toda a cota, vende o excedente ao parceiro a preço de custo.

Como o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia --o que atende 95% da demanda do país--, o restante é vendido ao Brasil --no total, 20% da energia elétrica usada por aqui vem de Itaipu.

Hoje, o Brasil paga US$ 45,31/MWh (cerca de R$ 75) pela energia vendida pelo Paraguai, o que se aproxima dos preços cobrados no país. Para cada MWh pago pela energia de Itaipu, R$ 42,5 vai para despesas da própria usina e para o pagamento da dívida da Eletrobrás com credores, feitas à época da construção da usina. No ano passado, a venda de energia da usina rendeu ao Paraguai US$ 340 milhões.

Comentários dos leitores
Rolando Frati (83) 07/11/2009 14h18
Rolando Frati (83) 07/11/2009 14h18
O Novo tratado no Acordo de Itaipu deve ser Auditado, para verificar se não houve perda ao País, pois os ocasionadores de eventuais perdas deveriam pagar de seus próprios Bolsos, pois foram eleitos para defender o Direito e Patrimonio do Povo Brasileiro. sem opinião
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Maurilio Gabriotti (42) 06/11/2009 08h15
Maurilio Gabriotti (42) 06/11/2009 08h15
Parece que o presidente Lula sempre dá um jeito de arrumar dinheiro para os nossos ilustres vizinhos. Só não consegue dinheiro para os aposentados. Acontece que os nossos vizinhos não votam, sr. Lula. Então, até as próximas eleições... sem opinião
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Anonimo Anonimo (4) 06/11/2009 00h46
Anonimo Anonimo (4) 06/11/2009 00h46
Até parece que o Brasil passou a perna no Paraguai durante todo este tempo e o Lula veio corrigir a injustiça. Só esqueceram de mencionar que o preço pago ao Paraguai é o mesmissimo que é pago para geradoras dentro do país. Se a moda pega e os geradores internos decidam cobrar o mesmo aumento, a energia elétrica em nossas casas também deve triplicar. sem opinião
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