VI - Serviços
Bienal vende livros ao mesmo preço das livrarias convencionais
  ANDRÉ TARCHIANI SAVAZONI
repórter da Folha Online

 
  Aviso aos navegantes: a Bienal não está oferecendo descontos e promoções especiais para os visitantes. A decisão foi tomada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro), organizadora do evento, o maior do gênero no país. O valor cobrado em todos os estandes é o mesmo encontrado em qualquer livraria de São Paulo e de outras capitais.

Cada participante da Bienal pode oferecer apenas um desconto por dia, dentro do programa chamado "Livro do Dia". E só.

José Henrique Grossi, vice-presidente da CBL, explica os motivos da decisão, que, segundo ele, é antiga (prevalece desde a década de 70), quando as livrarias ainda eram maioria no evento. "Se eu mexer nisso não consigo encher esses três pavilhões", afirma.

"Primeiro, isso não é uma feira de livros e sim um evento cultural", afirma Grossi. "Não temos só editores, mas também livrarias, que não conseguiriam competir se liberássemos os descontos." Eles chegariam a 40%.

Como a Bienal dura apenas dez dias e o faturamento durante o ano fica sob responsabilidade das livrarias, fica claro entender porque a CBL não abre concessões. "Não podemos privilegiar ninguém e isso já faz parte da cultura, nem planejamos mudanças nos preços para as próximas edições."

"O que temos é o cheque-livro, no valor de 10% de todas as compras, e que depois pode ser usado em qualquer livraria. E o bilhete da entrada, que é reembolsado nas compras acima de R$ 30 em um mesmo local", disse Grossi.

Rio
Na Bienal do Rio de Janeiro, porém, os descontos são liberados. "Isso porque ela é organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores, ao contrário da feira de São Paulo, que contamos com a presença de distribuidores, editores e livreiros", afirma o vice-presidente da CBL.

Os números estão ao lado da CBL. Na edição deste ano da Bienal, considerada a maior da história, as livrarias ocupam 25% do espaço, ou seja, 3.000 m². "As vendas obtidas na Bienal correspondem a um mês do faturamento de uma livraria, a um 13º salário", disse Grossi.

Lamentação
Mesmo aceitando o acordo, algumas editoras lamentam a proibição dos descontos. No Rio, no ano passado, a Record teve descontos de 10% a 20% nos preços de capa de todas as publicações.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Record, apenas os professores têm um preço especial.

Na editora Globo, a opinião é a mesma, mas, devido ao acordo, não existem descontos nem nos lançamentos nem nos livros mais antigos.

O gerente da Siciliano, Antônio Luiz Nogueira, disse que gostaria de vender os livros com 10% ou 20% de desconto caso não houvesse a proibição. "Para atrair mais gente e aumentar o volume de vendas", afirma Nogueira.

Então, qual a vantagem de ir até o Expo Center Norte? "Aqui você pode encontrar mais de 100 mil títulos, enquanto as grandes livrarias do Brasil acomodam entre 20 e 25 mil", responde Grossi.

Clique aqui para subir   



 
 

"Já foi à Bienal? Dê sua dica sobre o que ela tem de melhor

Bienal vende livros ao mesmo preço das livrarias

Internet vende títulos mais baratos

Feira espera receber mais de 500 mil visitantes

Bienal terá mais um pavilhão em 2002

"Vendedor de idéias", Richard Bach diz ter medo de ser líder

Para Nélida Piñon, país passa por "fase de grande empobrecimento"

Duas editoras despertam interesse pelo e-book

Marcelinho Carioca lança livro sobre carreira e ensina futebol

Ruth Rocha lança odisséia de Homero para crianças

Pacto de Sangue pode confundir criança com sua linguagem

"Campeonato" de piadas estará entre os lançamentos

Contos terão o maior lançamento literário em São Paulo

Bienal 2000 traz romances para todos os gostos

Livros para crianças vão de Ulisses ao novo espião Harry Porter

João Cabral será lido, discutido e ouvido na Bienal

Tema "500 Anos" tem até livro de auto-ajuda

Milton Santos e Hobsbawn discutem a globalização em ensaios

Estande das universitárias terá 36 editoras e será o 2º maior da Bienal

Os bastidores da Bienal


Guia é referência de rock para iniciantes

Leia crítica do "Guia de Rock"


 


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.