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28/11/2008 - 16h00

Veja cronologia dos atentados terroristas em Mumbai

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da Folha Online

Os atentados terroristas ocorridos nesta quarta-feira (26), em Mumbai, a capital financeira da Índia, deixaram 143 mortos. Os feridos estão em torno de 300.

Essas ações terroristas coordenadas foram realizadas na noite de quarta-feira nas regiões nobres de Mumbai e, principalmente, em locais freqüentados por ocidentais, como os hotéis de luxo Taj Mahal Palace e Oberoi Trident. Explosões também foram registradas em outros pontos, como na estação de trem Chhatrapati Shivaji, uma das mais movimentadas da Índia, e no popular Café Leopold, onde caça-talentos de Bollywood procuram novos rostos para participar de filmes.

Leia cobertura completa dos ataques
Confira mapa dos ataques terroristas
Ouça relato de brasileira em Mumbai

Os ataques foram assumidos por um grupo desconhecido, Mujahedin de Deccan (Deccan é um planalto no sul da Índia). O governo indiano acusa possível envolvimento de grupos paquistaneses, em mais um sinal da relação tensa que envolve os dois países.

Confira a cronologia dos principais momentos dos atentados (no horário é de Brasília):

Quarta-feira

15h -- Homens armados chegam a Mumbai em barcos, próximo ao Portal da Índia, famoso monumento de Mumbai. Eles seqüestraram carros, incluindo uma van da polícia, e se dividiram em ao menos três grupos, segundo a polícia.

15h -- Um grupo foi para o Café Leopold, ponto popular entre os turistas ocidentais, atirando indiscriminadamente nas pessoas que passavam. O mesmo grupo atirou e lançou granadas na estação de trem Chhatrapati Shivaji, segundo as autoridades. Enquanto a polícia correu para a cena dos ataques, homens armados atacaram o hospital Cama, onde várias pessoas foram mortas.

15h -- Outros dois grupos de terroristas atacaram os hotéis de luxo Oberoi Trident e Taj Mahal e fizeram dezenas de reféns, segundo a polícia, que não soube precisar números. Um outro grupo de terroristas foi para o centro judaico Chabad, onde várias famílias judaicas vivem. O rabino Gavriel Holtzberg está na lista de reféns com sua mulher, segundo um membro da comunidade judaica.

15h -- Chegam relatos de que a delegacia Colaba também foi alvo de tiroteio dos terroristas.

16h30-- A agência de notícias Associated Press afirma que as forças de segurança conseguiram retomar o controle do hotel Taj Mahal. Contudo, ainda há um número indeterminado de hóspedes trancados nos quartos.

17h -- Imagens de uma rede de televisão indiana mostram pessoas se protegendo de tiros no histórico Metro Cinema. As primeiras informações indicam ao menos dez mortos.

18h30 -- Cônsul brasileiro confirma à Folha Online que não há brasileiros entre as vítimas.

19h20 -- Mídia indiana informa que um grupo desconhecido, Mujahedin do Deccan (Deccan é um planalto no sul da Índia), assume a autoria em e-mail enviado às redes de televisão. Oficiais americanos e analistas de segurança dizem que a sofisticação dos ataques pode indicar um grupo mais estabelecido.

20h30 -- Ainda não há informações precisas sobre a situação no centro judaico Chabad. Segundo a agência Associated Press, oito pessoas teriam fugido dos terroristas e estariam escondidas em um prédio próximo.

Os dois hotéis de luxo ficam em chamas. Segundo a agência Associated Press, o incêndio é pior no hotel Taj Mahal, onde ocorrem explosões.

A polícia ouviu tiros no centro judaico. Balas perdidas mataram um casal em sua casa e um jovem de 16 anos que acompanhava a movimentação na rua.

20h45 -- O jornal "The Times of India" relata a morte de três policiais nos confrontos com terroristas, incluindo o chefe da brigada antiterrorismo, Kerosk Karkare, o policial Ashok Kamte e o consultor em segurança Vijay Salaskar.

21h -- A afiliada da CNN na Índia, IBN, dá os primeiros relatos de que haveria turistas entre os reféns no hotel Taj Mahal, um dos atingidos durante os atentados.

22h -- A CNN e as agências internacionais de notícias indicam que ao menos dois terroristas foram mortos por policiais indianos. O número de mortos chega a 86.

Quinta-feira

07h30 -- Forças de segurança invadem o hotel Taj Mahal e libertam parte dos reféns depois de mais de 15 horas de cativeiro.

9h30 -- O primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, faz discurso à nação e afirma que os ataques terroristas em Mumbai têm participação de grupos estrangeiros. A declaração foi entendida como uma acusação ao governo Paquistão, já que os dois países vivem tensão histórica pela disputa da Caxemira.

12h -- As forças de segurança mantêm busca por terroristas e reféns no Taj Mahal e estendem a operação para o hotel Oberoi, no qual, segundo o "The Times of India", os terroristas mataram seis funcionários e mantém 200 reféns.

11h30 -- Depois de operações policiais nos hotéis Taj Mahal e Oberoi, a maioria dos reféns é libertada, mas chamas ainda podem ser vistas nos dois prédios.

O ministro do Interior indiano, M.L. Kumawat, concede uma entrevista coletiva no qual informa que de 20 a 30 pessoas podem estar no Oberoi. Segundo ele, as forças de segurança liberaram do 8º ao 21º andar do Oberoi e o térreo ao 4º andar do Taj Mahal. As informações são imprecisas e indicam que poderia haver reféns e terroristas em ambos os hotéis.

Em Mumbai, os indianos acompanham com temor a segunda noite dos atentados terroristas. Os jornais indianos indicam que ainda há reféns nos hotéis e no centro judaico. Muitas chamas, tiros e algumas explosões --segundo relatos da afiliada da CNN na Índia, IBN-- marcam os confrontos entre terroristas e policiais no hotel Taj Mahal.

15h -- Duas mulheres e uma criança são libertadas do centro judaico Chadad.

16h30 -- O diretor-geral da Guarda de Segurança Nacional da Índia, J.K. Dutt, disse que a operação de resgate no hotel Taj Mahal está "quase acabada" e que um terrorista foi ferido.

22h -- As forças de segurança da Índia disseram que há apenas um terrorista no hotel Taj Mahal, e a rede CNN afirma haver outros dois no hotel Oberoi, em Mumbai.

Sexta-feira

1h -- Policiais e atiradores de elite realizaram uma ofensiva contra os terroristas escondidos dentro de um centro judaico no centro de Mumbai, a capital financeira da Índia. A polícia acredita que no local estejam escondidos três insurgentes do grupo responsável pelos ataques. O número de mortos chega a 119.

2h -- A polícia pede que os jornalistas não discutam seus movimentos já que eles dizem acreditar que os terroristas nos hotéis Taj Mahal e Oberoi estão vendo a televisão e acompanhando as notícias. A afiliada da CNN na Índia, IBN, relata que as operações das forças de segurança estão acontecendo, mas não mostram imagens.

4h -- As agências de notícias dizem que as forças de segurança iniciaram operações no hotel Oberoi. Pouco depois, o diretor-geral da Guarda de Segurança Nacional da Índia, J.K. Dutt, disse que dois homens armados permaneciam no hotel.

5h30 -- O vice-almirante Singh Bedi diz à IBN que ainda há 40 a 50 reféns no hotel Taj Mahal.

07h -- J.K. Dutt diz à mídia que o hotel de luxo Oberoi Trident, tomado por terroristas desde a quarta-feira (26), está "sob controle". Segundo ele, os militares estão "limpando um cômodo após outro", para ter certeza de que não há mais "elementos indesejados".

Brigadas de incêndio tentam apagar chamas nos dois hotéis, um grande foco de incêndio é extinta no Oberoi. O número de mortos no ataque chega a 125.

Segundo a polícia, ao menos nove homens armados foram mortos em batalhas com a polícia. Os confrontos deixaram também 14 policiais mortos.

11h -- Repórteres do "The New York Times" em Mumbai relatam que ainda é possível ouvir tiros na cidade. As tropas indianas mantém operações no hotel Oberoi para libertar os reféns. Na casa Chadad, é possível ouvir grandes explosões, dizem os repórteres. As forças de segurança e terroristas passam horas em confrontos no centro judaico, na tentativa dos policiais de libertar os reféns.

11h30 -- Há algumas explosões no hotel Taj Mahal, onde a maioria dos reféns já foi libertada. As explosões, segundo relatos do jornal "NYT", acontecem no primeiro andar do hotel, onde o restaurante japonês Wasabi fica.

12h -- Televisão indiana mostra uma multidão em frente à rua do centro judaico Chadad. As pessoas comemoram a aparente libertação de todos os reféns. Não há ainda, contudo, informação concreta sobre o rabino mantido refém. O porta-voz do centro diz que as informações são contraditórias.

 

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