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05/01/2006 - 10h53

Passeio de jipe desbrava península

FERNANDO DONASCI
Enviado especial da Folha de S.Paulo à Península de Maraú (BA)

Com muitas ilhas, terra nas estradas e terreno acidentado para enfrentar, só mesmo a bordo de embarcações e jipes com tração nas quatro rodas o turista consegue explorar as praias e as cachoeiras da península.

As saídas dos passeios ocorrem bem cedo, porque a maré sobe por volta do meio-dia, dependendo da lua, praticamente engolindo a estreita faixa de areia.

O tour mais impressionante é também um dos mais cansativos, mas altamente recompensador: a cachoeira do Tremembé. Para chegar a ela, é preciso caminhar por cerca de 50 minutos em uma trilha no meio da mata fechada. Depois do esforço, o presente é uma queda-d'água de 30 metros de largura por cinco de altura caindo diretamente no mar.

Outro roteiro percorre diversos pontos, começando pela praia de Taipu de Fora --onde o publicitário Duda Mendonça tem casa. Cercada, é uma praia em que o banho de mar se mescla ao mergulho nos arrecifes, que formam piscinas.

Pela manhã, vêem-se pescadores de polvos, que aproveitam a maré baixa para a pesca, feita por meio de hastes de madeira com um gancho na ponta. A circulação de carros e motos pela areia é proibida, medida tomada para que as rodas não destruam os ovos de tartarugas enterrados.

Nessa praia, apesar dos perigos do sol, é preciso evitar o protetor solar antes de entrar na água. O produto causa danos ao frágil ambiente, cheio de arrecifes.

De jipe, segue-se para a próxima parada, a ponta do Mutá, o extremo norte da península de Maraú. Dali, o carro não passa. Para quem tiver disposição, vale caminhar 50 minutos pela areia para chegar a Barra Grande, na baía de Camamu.

O passeio acaba com a escalada do morro de Taipus, famoso por seu farol. A subida é recompensada pela paisagem e pelo cheiro forte de caju, ainda que não dê para ver onde estão os pés da fruta. Mais à frente, o visitante descobre a plantação, fonte do aroma, e pode se deliciar com o caju, de graça.

Engenhos

Barra Grande, um distrito do município de Maraú, a 35 km dele, é mais conhecida e maior. O acesso se dá pela baía de Camamu, pelo oceano Atlântico ou por terra. Ali, nota-se uma estrutura turística mais desenvolvida e também é lá que está localizado o maior atracadouro da região.

Se alguém sonha em caminhar pelo mangue, o passeio até o engenho de mandioca, chamado de Caminhada do Tanque, pode ser a realização do desejo: para chegar ao local, é preciso percorrer um pequeno trecho com lama na altura da canela. Por isso, é necessário acordar cedo, antes da vazante do rio. Apesar de não soar convidativa, a experiência é boa e desperta até a vontade de tomar um banho no lamaçal.

No mesmo tour, outro engenho que pode ser visitado é o de extração de dendê, no qual as sementes são esmagadas em uma roda de pedra, puxada por jegue, para que o óleo seja obtido. Os passeios podem ser agendados na pousada Lagoa do Cassange e custam de R$ 255 a R$ 350 (o casal).

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