Quando é a hora certa de dormir na casa do namorado (e contar para os pais)?

Convencer pode ser uma tarefa complicada para alguma pessoas, mas algumas abordagem podem ajudar

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São Paulo

Dormir na casa do namorado ou da namorada é um dos temas que mais podem causar apreensão no início de um relacionamento entre adolescentes. Para alguns, com pais mais liberais e mais acostumados a passar a noite fora, a tarefa pode até não causar dor de cabeça, mas quando a família do parceiro não pensa igual ou quando ambas são mais conservadoras, a situação é mais complexa.

Para os jovens que têm o desejo de passar a noite juntos, o não pode ser difícil de entender, principalmente se eles já frequentam a casa um do outro durante o dia e se veem regularmente em outros ambientes.

dois pares de pés envoltos em lençóis brancos
Dormir na casa do namorado ou da namorada é um dos temas que mais podem causar apreensão no início de um relacionamento entre adolescentes. - Pandora Studio/Friends Stock - stock.adobe.com

Mas é preciso entender que alguns pais não veem a possibilidade de dormir fora como natural, seja por motivação religiosa, por alguma questão cultural ou por acharem que os filhos não estão prontos para essa experiência.

Por isso, o recomendável é ter uma conversa antes de trazer o namorado ou namorada para dormir em casa. A psicóloga Emily F.Monteiro, responsável técnica da clínica Montesí, em São Paulo, diz que isso deve ser um processo para não chocar os pais e deve acontecer de forma natural.

O ideal, portanto, é apresentar o parceiro aos seus pais, dar informações sobre ele ou ela e sobre a convivência. Essas são algumas peças-chave para que exista confiança entre pais e filhos.

"Uma comunicação aberta frente aos seus medos e suas inseguranças pode ajudar os pais a se sentirem mais seguros de que os adolescentes irão procurar ajuda quando necessário."

Também é uma opção sugerir um tipo de permissão gradual, isto é, começando por dormir em quartos separados ou em situações mais inusuais como durante viagens, agradando aos pais e os acostumando à ideia.

Mas, para quem já ouviu um não e quer tentar novamente, demonstrar responsabilidade é essencial. Uma boa opção é estar sempre em dia com suas tarefas escolares e, domésticas e seguindo os combinados feitos entre vocês. Assim, os pais tendem a confiar mais no filho ou filha.

"Demonstrar uma postura aberta a conselhos e a recomendações que os pais possam dar, a partir da própria experiência de vida, pode ajudar diante do choque de gerações que muitas vezes acaba acontecendo", diz Monteiro.

Ela afirma que que buscar entender de onde a proibição está vindo, em vez de discutir agressivamente, tende criar um ambiente em que o assunto volte a ser debatido e o sim apareça.

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