Descrição de chapéu Todo mundo lê junto

Conheça os sintomas do sarampo e por que ele está de volta

Além das conhecidas manchinhas, doença também causa tosse e coriza

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São Paulo

Depois de um tempo sem dar as caras no Brasil, o sarampo está de volta. Foram dois ou três anos sem causar problemas por aqui, pelas contas do médico infectologista Francisco Ivanildo Oliveira, gerente de qualidade do Sabará Hospital Infantil.

Agora, o sarampo volta porque pessoas que deveriam ter tomado a vacina contra a doença não tomaram. "Houve um número grande de pessoas sem imunidade, o que tornou possível que o sarampo voltasse a circular em vários estados. Em São Paulo teve epidemia em 2018 e 2019", lembra Francisco.

O sarampo é uma doença contagiosa, que pode passar de uma pessoa para a outra. Na maioria das vezes, é uma doença leve —mas Francisco explica que ela também pode virar uma doença muito grave.

Ilustração com fundo amarelo mostra dois meninos sem camisa, desenhados do peito pra cima. O da esquerda, é branco e tem a pele com manchas vermelhas, ele tem a boca aberta e a mão fechada próximo ao rosto, como se tossisse e os olhos vermelhos. Da boca dele saem vírus do sarampo cor de rosa, que se espalham por toda a ilustra. Do lado direito, há outro menino, negro, de cabelo cacheado. Ele sorri e no seu em torno há quatro faixas coloridas, em verde, amarelo, azul claro e escuro. Nenhum vírus chega próximo a ele.
Ilustração de Carolina Daffara - Carolina Daffara

"Principalmente nas pessoas que têm alguma predisposição, como má nutrição ou diminuição das defesas do corpo. O sarampo pode levar o doente para o hospital e, em alguns casos, provocar até mesmo a morte."

O sarampo começa normalmente com tosse, nariz entupido, com coriza, escorrendo, pingando, e olhos vermelhos como se fosse uma conjuntivite, como se o olho estivesse bem irritado.

"Isso dá à pessoa que está com sarampo um aspecto bem característico. Ela fica com a cara meio inchada. É a fase que a gente chama de ‘catarral’. Nesse momento, também costuma ter febre, que pode ser alta, deixando a pessoa mole, sem vontade de sair da cama. Aqui é difícil às vezes diferenciar o sarampo de outra infecção respiratória, de uma gripe, ou resfriado, porque os sintomas são semelhantes."

No terceiro ou quarto dia da febre aparecem as manchinhas vermelhas na pele, que todo mundo conhece como uma das aparências mais famosas do sarampo. As manchinhas começam atrás das orelhas, vão para o rosto e seguem descendo pelo corpo inteiro, pegando braços e pernas.

"Quando as manchinhas aparecem, a febre tende a baixar. Cinco dias depois, elas desaparecem. Só que algumas pessoas podem ter complicações. O sarampo pode ir para outros órgãos do corpo, causando uma pneumonia, que é uma inflamação dos pulmões, ou para o cérebro. Quem não tem isso, em mais ou menos 10 dias está curado", diz Francisco.

Por ser uma doença muito contagiosa, o sarampo exige que os doentes fiquem isolados em casa. Não dá, por exemplo, para ir à escola ou ao trabalho quando há a suspeita de estar com sarampo, senão o risco de passar para os colegas é grande.

Todo mundo tem que ter pelo menos duas doses de vacina contra o sarampo. A primeira dose é dada quando a criança completa 1 ano de idade. "É o presente de aniversário", brinca Francisco. A segunda dose pode ser dada a partir dos 15 meses.

O médico recomenda que todas as pessoas chequem a carteirinha de vacinação para ver se as duas doses estão ali registradas. "Se encontrar só a primeira dose, tem que tomar a segunda, mesmo que tenha mais de 15 meses de idade. Um adulto, seu pai ou sua mãe, se só tiver uma dose, tem que tomar a segunda dose agora."

Quem não encontrar a carteira de vacinação em casa, pode tentar encontrá-la na clínica ou no posto onde costumava tomar as vacinas. Se isso não for possível, é importante ser revacinado. "Na dúvida, a gente dá a vacina. Não vai fazer mal", garante Francisco.

TODO MUNDO LÊ JUNTO

Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança

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