Descrição de chapéu Todo mundo lê junto

'Ser candidata quer dizer fazer muitas selfies, e isso também é muito legal', diz Simone Tebet

Senadora responde a perguntas de crianças em série da Folhinha com primeiros colocados na corrida à Presidência

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São Paulo

A Folhinha convidou os quatro candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para responder perguntas feitas por crianças. A cada semana, serão publicadas as principais respostas, começando neste sábado (3) com a senadora Simone Tebet.

Por que você quer ser chefe de todo mundo? (Olivia Mantovani Suzuki, 5 anos)

Olá, Olivia! Não quero ser chefe de todo mundo, mas quero ser Presidente da República. E quero ser presidente porque precisamos mudar o nosso país. Hoje, milhões de brasileiros não têm nem o que comer. A gente não pode deixar que isso aconteça de jeito nenhum. Tenho muita vontade e ideias para mudar essa situação. Quero, por exemplo, melhorar as escolas para que todas as crianças, pobres ou ricas, tenham uma ótima educação, com bons professores, e que possam brincar e aprender coisas bem legais. Quero preparar as pessoas para que elas consigam bons empregos e não fiquem nessa situação muito triste.

Candidatos - Funko Simone
Luciano Veronezi/Folhapress

Com quantos anos você decidiu ser político e por quê? (Alice Alfano Sette, 9 anos)

Olha, Alice, não foi muito cedo, não. Eu tinha um pouco mais de 30 anos quando me elegi pela primeira vez para deputada federal. Depois disso fui prefeita duas vezes, vice-governadora e senadora. Eu era professora e dava aulas em universidades justamente sobre como a gente administra e cuida de uma cidade, de um estado e de um país. O meu pai também era político. Ou seja, a política sempre esteve muito perto de mim. Um dia, quando percebi, já estava na política. E foi uma ótima escolha.

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A senadora Simone Tebet quando era pequena - Arquivo Pessoal

Como é ser candidato a presidente? (Vicente Nunes, 6 anos)

Vicente, é uma loucura. Às vezes, até parece que moro em um avião e vivo com uma mala na mão. Viajo a semana toda por todo o país. Muitos dias, acordo em um estado e durmo em outro. Não tenho nem tempo para ver as minhas duas filhas. Mas vale a pena. É maravilhoso poder levar uma mensagem de esperança para as pessoas em todo o Brasil. Ah, e ser candidata também quer dizer que você tem que fazer muitas selfies. E isso também é muito legal.

Como você vai salvar o Brasil? (Tom Borges Gorski 7 anos)

Tom, em vez de salvar, prefiro usar a palavra "reconstruir". É o que a gente precisa fazer para, quando você e todas as crianças da sua idade crescerem, o nosso país estar muito melhor do que está hoje. Existem muitas coisas boas no Brasil. A gente só precisa melhorá-las e permitir que todos possam aproveitá-las. No meu plano de governo, mostro que quero acabar com a fome no nosso país, melhorar muito as escolas, e criar empregos, empregos e empregos, para que as pessoas possam viver com dignidade. Precisamos também cuidar muito bem das nossas riquezas naturais.

Como vocês, candidatos, fazem para saber o que é verdade e o que é mentira na fala dos outros candidatos? (Francisco Cecilio Pinhatti, 13 anos)

Oi, Francisco! Olha, isso não é tão difícil. A melhor forma é pesquisando sobre o passado dessa pessoa, vendo as coisas que ela já fez, as coisas que disse e se realmente cumpriu as promessas que possa ter feito em outras eleições. Hoje, como você bem sabe, a vida de todos nós está na internet. Podemos pesquisar e conferir tudo isso. Mas só temos de tomar muito cuidado com as "fake news". Por isso, temos que escolher fontes confiáveis de informação.

Como você vai fazer para ter mais do que opiniões? (Francisco Justiniano Pellim, 9 anos)

Olá, Francisco! Para você ter mais do que opiniões, tem que ter um bom projeto, um ótimo plano, com objetivos bem definidos. Tem que se dedicar e estudar bastante um monte de questões importantes para o país e para a vida das pessoas. E é preciso também ter gente competente ao seu lado para ajudar você a executar tudo o que planejou. Mas muitas boas ideias também nascem de opiniões. Por isso, elas não devem ser desprezadas, principalmente quando sinceras. As boas opiniões precisam ser fortalecidas e desenvolvidas com estudos, pesquisas, debates e conversas com a população.

Você pode fazer um parque cheio de piscinas para a gente brincar? (Benjamin Soria da Cruz Prieto, 7 anos)

Que delícia de ideia, Benjamin! Todas as crianças do nosso país precisam mesmo de espaços para brincar, praticar esportes e encontrar os amigos. Mas, infelizmente, não posso prometer que vou construir um parque cheio de piscinas. Mas posso e quero fazer com que todas as crianças brasileiras, não importa se ricas ou pobres, consigam praticar esportes e brincar em parques —de preferência, cheios de piscinas. Isso não é fácil e vai demorar um pouco, mas é possível.

Como você vai fazer para dar dinheiro para as crianças no farol? (Franco Grejanin, 6 anos)

Olá, Franco! Como é triste ver essa cena em nossas cidades, não é? Lugar de criança não é no farol. Muito menos pedindo dinheiro. Para tirar essas crianças das ruas, precisamos dar empregos para os pais delas e colocá-las nas salas de aula para estudarem. E temos que fazer isso com muito cuidado e carinho, tentando sempre ajudar os que mais precisam.

Como você vai fazer para diminuir o preço da gasolina? (Izabel Larcher Franco, 12 anos)

Oi, Izabel! Gasolina, assim como outros combustíveis, têm cotações que variam em todo o mercado internacional. Acontece que eles costumam variar demais, subindo muito, em situações de crise ou de guerra, como está acontecendo agora, no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. É nesses momentos que o governo pode —e deve— agir. Muitas coisas podem ser feitas. Uma delas é criar um fundo, uma espécie de poupança, onde determinada quantidade de dinheiro vai ficar guardada, esperando uma eventual crise, como uma reserva de emergência. Sempre que os preços subirem demais, podemos usar esses recursos para impedir que fiquem muito caros. Essa não é uma ideia nova, nem é minha. Mas pode ser útil.

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